Detidos dois irmãos de al-Bashir sob alegacões de corrupção

12:16

As autoridades sudanesas detiveram vários membros seniores do partido no poder do ex-presidente Omar al-Bashir, numa tentativa de poderá elevar a confiança dos militares sob pressão dos manifestantes para passar o poder aos civis. 
Um outro passo a ser dado tem a ver com a promessa da Junta Militar (TMC) demitir oito agentes dos Serviços de Inteligência e Segurança Nacional.
Os grupos da oposição haviam exigido que as agências de segurança sejam restruturadas.
Os procuradores públicos iniciaram uma investigação contra Bashir sobre acusações de lavagem de dinheiro e posse de largas somas de fundos internacionais sem bases legais, disse uma fonte judicial no sábado.
A fonte disse que os agentes da inteligência militar que vasculharam a residência de Bashir, encontram maletas cheias de mais de 351 mil dólares e seis milhões de euros, bem como cinco milhões de escudos sudaneses.
“O procurador-geral ordenou o antigo presidente detido que fosse levado ao julgamento”, uma fonte judicial disse a Reuters.
“O julgamento contra Bashir vai ter lugar na prisão Kobar em Cartum”, disse a fonte, acrescentando que Bashir ainda não foi questionado. Dois dos seus irmãos foram detidos sob alegacões de corrupção, avançou uma fonte.
Detidos dois irmãos de al-Bashir sob alegacões de corrupção

Ainda não se têm comentários dos parentes dos indiciados.
Doutro lado, uma fonte do Partido do Congresso Nacional afirmou que as autoridades detiveram o actual líder do partido, Ahmed Haroun, antigo vice-presidente, Ali Osman Taha, antigo conselheiro de Bashir, Awad al-Jaz, o secretário-geral do movimento islâmico, AL-Zubair Ahmed Hassan e o antigo presidente do Parlamento, Ahmed Ibrahim al-Taher.
A fonte acrescentou que o presidente do parlamento, Ibrahim Omae, e o conselheiro presidencial, Nafie Ali estão também detidos.
Bashir, que é também procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre alegado genocídio em Darfur, no Sudão, foi tirado a 11 de Abril pelos militares, após meses de protestos contra o seu governo.
A sua família disse semana passada que o antigo presidente foi transferido do palácio presidencial para cadeia de máxima segurança, Kobar em Cartum.

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