O líder da Renamo disse, hoje, na Beira, que os prazos do processo de DDR, cujo término está previsto para fim deste mês, não serão cumpridos, mas isso não pode constituir preocupação. Para ele, o sucesso do processo é o mais importante.
“Lembrem-se que a pandemia da COVID-19 condicionou o decurso normal deste processo, pois, dadas às medidas de prevenção, não podíamos agrupar os guerrilheiros para que fossem desmobilizados”, disse Ossufo Momade.
O líder da “Perdiz” garantiu, entretanto, que “depois de muitos esforços conjuntos, envolvendo a Renamo, o Governo e a Comunidade Internacional, o processo foi retomado seguindo estritamente todas as medidas de prevenção da COVID-19 e em pequenos grupos”.
Ossufo Momade explicou, ainda, que a maior preocupação do seu partido está no enquandramento dos seus guerrilheiros na Polícia da República de Moçambique (PRM).
Neste sentido, “já remetemos uma lista ao Governo, contendo 362 oficiais da Renamo para que possam ser enquadrados e temos uma outra lista de 36 elementos que estarão na unidade de protecção de altas individualidades”, revelou.
Ossufo Momade falava no distrito do Dondo, província de Sofala, durante um encontro com membros de base da sua formação política e antigos guerrilheiros.
Na ocasião, o presidente da Renamo mostrou-se satisfeito pela relativa estabilidade política no centro do país. “É uma realidade que abre espaço para que os moçambicanos possam circular à vontade naquela região e que as actividades políticas decorram normalmente”, apontou Momade.
O presidente da Renamo disse, igualmente, que está satisfeito com o nível de coesão dentro do partido que dirige, pois “no início do ano passado, alguns membros da Renamo estiveram desencaminhados, mas, neste momento, estamos todos juntos”.
Em Sofala, Ossufo Momade visitou, também, o Chefe do Estado Major-general da Renamo, Titosse Maquinze, que está doente há cerca de um mês e garantiu que o seu estado de saúde tende a melhorar.
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