Jean Boustani diz que os projectos Ematum, MAM e Proindicus não eram para o Armando Guebuza,"mas sim para Moçambique"

12:04

O negociador da fornecedora de equipamentos aos projetos moçambicanos responsáveis pelo escândalo das “dívidas ocultas” acusou na quarta-feira em tribunal, nos Estados Unidos, a atual administração moçambicana de uma “campanha hipócrita, de sabotagem e desvio da verdade”, cita a Lusa.
 
 Jean Boustani diz que os projectos Ematum, MAM e Proindicus não eram para o Armando Guebuza,mas sim para Moçambique”
Jean Boustani, negociador da empresa Privinvest
Jean Boustani, negociador da empresa Privinvest e principal arguido num julgamento que decorre nos Estados Unidos da América (EUA) por crimes de fraude económica, subornos e branqueamento de capitais, disse que a atual administração moçambicana, liderada pelo Presidente Filipe Nyusi, é a grande culpada de os projetos Ematum, MAM e Proindicus não estarem a funcionar.

O suspeito disse que a Privinvest pagou milhões de dólares para a campanha presidencial de Filipe Nyusi em 2014, a pedido do ex-Presidente Armando Guebuza, porque existia “um acordo” de Filipe Nyusi tornar-se chefe de Estado e Armando Guebuza passar a ser dirigente do partido Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).

“De repente, houve uma espécie de Golpe de Estado e o Presidente Guebuza foi rejeitado do partido”, contou Jean Boustani no tribunal federal de Nova Iorque, onde está a ser julgado.

Jean Boustani disse que, em 2015, a Proindicus, MAM ou Ematum não estavam a gerar receitas, devido a “colapso macroeconómico e conflitos políticos internos”.

“A partir daquele momento” contou o arguido libanês, “houve uma grande campanha hipócrita e de sabotagem por parte da administração corrente”, contra “tudo relacionado com o Presidente Guebuza, inclusivamente os projetos” empreendidos pela Privinvest, disse Jean Boustani.

E acrescentou: “Na minha opinião, é uma tristeza, porque os projetos não eram para o Armando Guebuza, eram para Moçambique”.

Para o suspeito, existe uma “agenda política por trás” do fracasso da Ematum, MAM e Proindicus, porque, em vez de o atual Governo “ativar os projetos” para gerar receitas, está a conduzir “uma grande campanha de desvio e para esconder toda a verdade”.

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