Na manhã deste sábado, na morgue do Hospital Rural de Chicuque, Carlos recebia o corpo da neta de apenas 17 meses de vida, que morreu após ser atirada ao poço pela própria mãe, de apenas 15 anos de idade.
O facto aconteceu no distrito de Homoíne, em Inhambane. A comunidade está boquiaberta, com os cabelos em pé e não encontra razões para tamanha crueldade por parte de quem suportou nove meses de gravidez, e mais tarde as dores de parto, para depois tirar a vida ao próprio filho.
Tudo começou quando os pais da criança desentenderam-se no passado dia 25 de Dezembro, Natal e data que segundo reza a história é reservada à união, ao amor e ao convívio. Mas na família de Carlos aconteceu o contrário.
O avô paterno do bebé, diz que o filho saiu com a menina para discoteca no dia 25 de Dezembro. Mas lá ela envolveu-se supostamente com outro homem e só voltou à casa no dia 26. Eles desenterram-se, facto que terá levado a acusada a sair de casa com a filha e regressou no dia 01 de Janeiro corrente.
A adolescente saiu de casa com a criança ao colo, mas o destino da bebé já estava traçado. Ir parar no fundo do poço, pelas mãos da própria mãe.
A família do marido diz desconhecer as possíveis motivações para a atitude da indiciada. “Não sabemos se ela colocou a criança no poço por agitação do homem com quem ela estava, ou se a família dela é que a agitou para fazer isso”, disse Carlos, lamentando a falta de colaboração por parte dos parentes da adolescente, uma vez que sequer aceitaram enterrar a própria neta.
Alceres Cuamba, afecto ao Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) em Inhambane, diz que, para garantir que criança não seria resgatada do poço com vida, a mãe amarrou os braços antes de lançá-la ao poço.
A indiciada foi neutralizada no posto administrativo de Cumbana, em Jangamo, mas foi imediatamente solta pelo tribunal, mediante termo de identidade e residência. Horas depois, a adolescente colocou-se em fuga, sem no entanto explicar à família as razões que a levaram a matar a própria filha.
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