As exigências foram deixadas hoje pelo Estadista moçambicano quando conferia posse a Fernando Bemane de Sousa para o cargo de vice-ministro da Terra e Ambiente. O Ministério agora co-dirigido por De Sousa é também desafiado a ter melhor estratégia de gestão do lixo, e, por essa via, melhorar a preservação do ambiente.
Fernando Bemane de Sousa tem passagem pelo sector da Educação, no qual ocupou várias pastas de direcção e de chefia, mas a sua experiência estende-se também na governação distrital. Foi administrador dos distritos de Zumbo e Angónia, ambos em Tete.
De Sousa segue ao Ministério da Terra e Ambiente para coadjuvar Ivete Maibasse, na qualidade de vice-ministro. Assume pastas para um sector com desafios bem conhecidos, a começar pelos conflitos por terra, a gestão defeituosa do lixo, o que prejudica o meio ambiente, e a exploração ilegal de recursos florestais.
“Já tínhamos relativamente controlado o abate desenfreado da nossa madeira, mas, neste momento, está a recrudescer. Queremos que o Ministério [da Terra e Ambiente] encontre rapidamente formas vigorosas para parar com este movimento que prejudique o ambiente e prejudique recursos de todos nós”, afirma Filipe Nyusi.
Quanto à terra, Filipe Nyusi diz que a sua gestão não pode mais ser razão de conflitos, num contexto em que são inúmeras as vezes que se assiste às disputas de terrenos e, algumas vezes, inclusive, tem havido necessidade de intervenção do sector da Justiça.
“É de interesse nacional o reordenamento de assentamentos informais, a protecção da posse da terra das comunidades, a regularização das ocupações de boa-fé e a recuperação de terras não aproveitadas ao longo de todo o país. A terra em Moçambique não deve virar fonte de conflitos”, apela.
Filipe Nyusi fala também de desafios para as áreas de conservação, destacando a necessidade de reposição da biodiversidade perdida e a necessidade de rentabilizar a área.
Entretanto, Fernando Bemane de Sousa diz-se homem sem estratégia predefinida, porquanto entende que já existe uma equipa de trabalho e que apenas se vai integrar nela.
O sector da Terra e Ambiente estava sem vice-ministro desde o início do ciclo de governação que arrancou em 2020.
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