Internacional
Defesa Jean Boustani propõe 20 milhões de dólares de caução e residência de alta segurança no caso "Dívidas Ocultas"
12:40A defesa de Jean Boustani, enviou uma carta à Justiça norte-americana com proposta de caução de 20 milhões de dólares e residência de alta segurança, e sabe -se que o mesmo é arguido no caso das dívidas ocultas de Moçambique.
Numa carta de 15 páginas, dirigida ontem(08) ao principal juiz do caso, William Kuntz, propõe novas condições para a libertação de Jean Boustani, que foi preso preventivamente no Metropolitan Detention Center (MDC).
Neste mesmo processo conta com o avanço de um milhão de dólares em dinheiro para garantia de um total de 20 milhões de dólares (17,5 milhões de euros) e uma residência com fortes medidas de segurança para prisão domiciliária.
A proposta dos 20 milhões de dólares, servirá para atenuar uma possível prisão do arguido Jean Boustani, e por isso os advogados remeteram a carta com uma série de novas condições ao Juíz William Kuntz.
A residência, que ficará ao encargo da defesa, foi selecionada pela empresa de segurança Guidepost Solutions, uma companhia que é gerida e detida por um antigo chefe da Divisão de Segurança de um Tribunal Federal em Nova Iorque.
O regime incluirá buscas por eventuais armas ou contrabando na residência a cada duas semanas, a presença 24 horas de dois seguranças armados e a supervisão de um responsável para coordenar trabalhos com o Governo e os serviços de pré-julgamento do tribunal federal, não só, como também, a utilização de equipamentos tecnológicos (registos em vídeo de 24 horas na maior parte da habitação e monitorização de todas as visitas com detetor de metais).
Por outro lado a defesa de Jean Boustani alega haver um tratamento diferenciado da justiça com os outros arguidos, nomeadamente o neozelandês Andrew Pearse, antigo diretor do banco Credit Suisse, o britânico Surjan Singh, diretor no Credit Suisse Global Financing Group, e a búlgara Detelina Subeva, vice-presidente deste grupo.
Recorde -se que Jean Boustani foi preso na República Dominicana no dia 01 de janeiro, com um mandado de detenção internacional, e extraditado do país para ser transferido para os Estados Unidos, onde chegou no dia seguinte, o qual era esperado pelas autoridades norte-americanas.
Entretanto, Andrew Pearse, Surjan Singh e Detelina Subeva foram detidos no dia 03 de janeiro no Reino Unido e Manuel Chang, antigo ministro das Finanças de Moçambique, detido na África do Sul em 29 de dezembro.
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