Uma fonte judicial do tribunal de Brooklyn, nos Estados Unidos da América disse esta quinta-feira(10), que o processo de dívidas ocultas de Moçambique tem três arguidos por deter para inquirição, e todas elas ligadas ao processo de corrupção e branqueamento de capitais com recurso a três empresas moçambicanas, sem comentar nomes ou nacionalidades, o que elevará para oito o número de pessoas acusadas.
Destes, dois arguidos encontram-se entre os “numerosos funcionários do Governo moçambicano” que receberam subornos da empresa Privinvest, ao lado de Manuel Chang, antigo ministro das Finanças, e três co-conspiradores, que receberam entre 2 a 9,7 milhões de dólares cada, segundo o documento da acusação.
Dos oito arguidos do caso, o principal é o negociador da empresa Privinvest, Jean Boustani, que está em prisão preventiva num centro de detenção dos EUA, de onde negoceia colaboração com a justiça, depois de ter sido detido na República Dominicana a 1 de janeiro do corrente ano.
Manuel Chang, detido em 29 de dezembro na África do Sul, continua a tentar negociar em Joanesburgo uma possível liberdade com caução, antes de ser extraditado, e uma fonte consultada pela Agência Lusa não fez nenhuma previsão sobre quando as extradições podem acontecer, dizendo apenas que a duração dos respetivos processos varia de acordo com as jurisdições dos países onde estão detidos.
Depois de terem sido detidos em 3 de janeiro e de terem pago cauções para aguardarem em liberdade, o neozelandês Andrew Pearse, antigo diretor do banco Credit Suisse, o britânico Surjan Singh, diretor no Credit Suisse Global Financing Group, e a búlgara Detelina Subeva, vice-presidente deste grupo, aguardam no Reino Unido extradição para os EUA.
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