A capital do país vai imunizar acima de oito mil pessoas em mais uma etapa de vacinação contra a COVID-19, que iniciou hoje. A imunização poderá ocorrer em todos os distritos municipais e 75 técnicos estão envolvidos no processo.
Nos últimos três dias, os casos do novo Coronavírus mostram tendência a subir, o país está em alerta máximo por conta da eventual terceira vaga da pandemia e luta-se contra o tempo para se imunizar pelo menos 16 milhões de pessoas para cortar as transmissões do vírus.
Nesta luta, ainda está em marcha a campanha de vacinação contra a COVID-19, concretamente, a segunda fase, mas já com uma nova etapa e novos grupos-alvo. “Para este segundo grupo, temos educadores de infância, professores do ensino técnico-profissional, ensino superior e o corpo diplomático”, enumerou Sheila Lobo, directora da Saúde na cidade de Maputo.
No seu todo, pelo menos na capital do país, compõem este grupo mais de oito mil beneficiários, sendo que a vacina, que ainda está em uso, é a virocell produzida pela farmacêutica Sinopharm. “Este é um outro grupo que está a começar a primeira dose. Estes que começam hoje, a sua segunda dose irá iniciar no dia 05 de Julho”, esclareceu Sheila Lobo.
Para o primeiro grupo desta segunda fase de vacinação, a responsável pela Saúde na cidade de Maputo explica que “iniciará a segunda dose na segunda-feira, dia 21. Então, não podemos fazer confusão, porque não estamos, ainda, a administrar a segunda dose aos que começaram a vacinação no dia 19 de Abril”.
No primeiro dia desta etapa da segunda fase, não houve muita adesão, mas os poucos que se fizeram aos postos de vacinação desvalorizaram os boatos em torno dos imunizantes e apela aos demais para fazerem o mesmo.
“Tenho tido o cuidado de ler, informar-me e, na minha área de trabalho, não convém alimentar-me de falsas informações, pelo que tenho de me documentar. Tenho, igualmente, acompanhado notícias do mundo, por isso não tive receio”, afirmou Armando Baúle, docente universitário.
Hermínia Somate, educadora de infância, sublinha que “o que me deu coragem para vir tomar a vacina é o facto de ter lidado com leituras e costuma dizer-se que o ouvir dizer não se escreve. Então, é preciso sentir para poder dizer algo”.
O processo de vacinação vai assumindo várias fases e etapas, mas os procedimentos para a imunização continuam os mesmos, com uma pequena mudança na gestão das listas dos beneficiários que é, actualmente, em função da demanda.
“Primeiro, a pessoa tem de passar pelo registo e, depois disso, passa para a cadeira onde ela vai vacinar. O processo não dura mais de dois minutos, excepto o tempo de 15 minutos que a pessoa deve esperar pelos possíveis efeitos colaterais”, explicou Ernestina Armando, do posto de vacinação do Hospital Geral José Macamo.
Sobre as dinâmicas, a responsável pela vacinação no Hospital Geral de Chamanculo, Nilsa Zucua, argumenta que, se surgir um professor, desde que se identifique como tal, a gente vacina. Também, nós podemos dizer que estamos a vacinar os grupos de um certo distrito municipal, mas, se aparecem de outros, nós vamos vacinar, porque a meta não é do posto, mas sim de toda a cidade”.
Para a cidade de Maputo, há 25 equipas compostas por 75 técnicos que vão trabalhar nesta etapa da vacinação e estão distribuídas em todos os distritos municipais.
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