A população do distrito de Macossa, a norte da província de Manica, está diante da iminência de uma fome severa. A situação deriva da invasão dos elefantes às suas machambas. Os paquidermes evadem-se constantemente da Coutada Nove, uma área de conservação localizada no interior daquele distrito e destroem culturas.
Segundo os produtores, previa-se um bom rendimento agrícola em Macossa, esforço reduzido a cinzas, devido à acção daqueles animais.
Zaida Ernesto, viúva e mãe de sete filhos, tem na agricultura a sua principal base de sustento. Este ano, trabalhou uma área de três hectares, onde previa colher cerca de 10 toneladas de milho, as quais se destinariam ao consumo e à comercialização.
“Como vamos viver aqui, em Macossa, se a nossa base de sobrevivência é agricultura? Os elefantes estão a destruir o nosso produto e não sabemos o que fazer”, lamentou Zaida Ernesto.
Não obstante o assunto ser do domínio das lideranças locais, a resposta resume-se em lamentação.
Manuel Langtone, líder comunitário de primeiro escalão, disse que recebe, diariamente, queixas da população, pedindo a sua intervenção, mas, quando encaminha o assunto a outras estâncias, não é dada a devida atenção ao problema.
Contactado para falar sobre o assunto, o administrador do distrito de Macossa disse que está a encetar contactos com os gestores da Coutada Nove, para fazer face a esta situação e de modo a propiciar maior controlo dos animais que preocupam as autoridades governamentais.
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