Primeira audição de Manuel Chang marcada para 22 de janeiro no tribunal de Brooklyn, Nova Iorque

13:23

A primeira audição do caso das dívidas públicas ocultas de Moçambique, que envolve o antigo ministro das Finanças moçambicano Manuel Chang, foi marcada esta sexta-feira para 22 de janeiro, no tribunal de Brooklyn, Nova Iorque.
Primeira audição de Manuel Chang marcada para 22 de janeiro no tribunal de Brooklyn, Nova Iorque
Manuel Chang,antigo Ministro das Finanças de Moçambique
A data foi marcada pelo juiz principal William F. Kuntz, depois do pedido formal dos procuradores federais, que apelaram à complexidade do caso para apontarem ainda o dia seguinte como necessário para a audição, de acordo com o jornal eletrónico português Observador.
A audição foi marcada esta sexta-feira depois de um dos suspeitos, o negociador Jean Boustani, também indicado como Jean Boustany, ter sido detido na passada quarta-feira no aeroporto John F. Kennedy e se ter apresentado perante o juiz no mesmo dia.
A primeira sessão do caso “Jean Boustani et al.”, no tribunal do distrito leste de Nova Iorque, está prevista para as 12h00 locais (17h00 em Lisboa) do próximo dia 22.
A carta de requerimento teve uma nota de rodapé a afirmar que outros acusados foram detidos com mandados de captura internacionais emitidos pelos Estados Unidos, mas que ainda não foram extraditados.
De acordo com os documentos consultados pela Lusa, existem pelo menos ainda duas pessoas envolvidas no caso, cujos nomes estão selados, e que ainda não foram detidas. No total, sete pessoas estão envolvidas neste processo.
O antigo ministro das Finanças moçambicano e atual deputado pelo partido no poder, Manuel Chang, foi detido no sábado na África do Sul, acusado de lavagem de dinheiro e fraude financeira. 
Manuel Chang permanecerá sob custódia até voltar a ser ouvido em tribunal, no próximo dia 8 de janeiro, e o seu advogado já indicou que vai contestar o pedido de extradição para os Estados Unidos.
As autoridades britânicas prenderam estsa quinta-feira, em Londres, a pedido da Justiça dos Estados Unidos, três antigos banqueiros do Credit Suisse envolvidos nos empréstimos a empresas públicas moçambicanas, realizados à margem das contas, no valor de mais de 2 mil milhões de dólares.


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