Dívidas Ocultas: Banqueira que se declarou culpada tem liberdade condicionada até Novembro

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A primeira pessoa a dar-se como culpada no caso da justiça norte-americana sobre as dívidas ocultas de Moçambique, Detelina Subeva, está em liberdade sob uma fiança de dois milhões de dólares e apresentações semanais obrigatórias em Londres até Novembro.

Dívidas Ocultas: Banqueira que se declarou culpada tem liberdade condicionada até Novembro

Documentos a que a agência Lusa teve ontem acesso indicam que a antiga vice-presidente do grupo Credit Suisse Detelina Subeva conseguiu um “acordo de confissão” ('plea agreement') em Maio, que garantiu liberdade sob caução, com restrição de viagens internacionais, até nova decisão em Novembro.

A acusada búlgara e a justiça dos Estados Unidos chegaram a um acordo porque os procuradores norte-americanos concordaram que Detelina Subeva teve “um papel menos substancial” no esquema de corrupção que terá sido dirigido pelo negociador Jean Boustani e terá envolvido membros do Governo de Moçambique entre 2011 e 2016.

As condições acordadas em 20 de Maio em Nova Iorque, quando Detelina Subeva se declarou culpada, obrigam à apresentação semanal nos escritórios da sua defesa em Londres, no Reino Unido, e contacto telefónico semanal com o gabinete federal de investigações dos Estados Unidos, FBI.

As viagens internacionais foram restringidas entre Nova Iorque e Reino Unido apenas, para procedimentos da justiça e com condição obrigatória que o tribunal e o Governo norte-americano sejam informados previamente sobre qualquer viagem e autorizem as deslocações.

O passaporte foi confiscado pelas autoridades, mas é entregue quando as viagens entre Estados Unidos e Reino Unido são autorizadas.

Detelina Subeva foi também proibida de quaisquer transações monetárias acima de 15 mil dólares sem autorização dos procuradores federais norte-americanos.

Os procuradores norte-americanos aceitaram liberdade sob caução para Detelina Subeva, indicando que não há perigo de fuga e que condições familiares, como ter um bebé para cuidar, justificam a liberdade.

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