O projecto europeu “EuCARE” que decorre hoje (11 de Novembro) em Roma pretende clarificar alguns dos aspectos mais debatidos e cruciais na epidemia de SARS-Cov-2.
Coordenado pela Rede EURESIST, 22 universidades, hospitais e centros de investigação irão trabalhar para gerar respostas sólidas, baseadas na evidência dos dados, com o suporte de componentes imuno-virológicos fortes e inteligência artificial.
Com a participação de 60 cientistas da Europa e do mundo e representantes da OMS para uma partilha aberta de toda a informação, a pesquisa irá usar “coortes” de vários hospitais, incluindo doentes com “Long COVID”, “coortes” de profissionais de saúde vacinados e coortes de escolas na Europa, Quénia, México, Rússia e Vietname para reunir dados de um total de mais de 2600 doentes, 1600 profissionais de saúde e 26000 estudantes e professores seguidos em estudos prospectivos.
“Cerca de 10% dos doentes entre os 18 e 59 anos e maiores percentagens com idades superiores têm sintomas clínicos persistentes durantes meses, desenvolvendo ‘Long COVID’”, explicou Antonella D’Arminio Monforte, Professora Catedrática e directora da clínica de doenças infecciosas e tropicais na da Universidade de Milão.
O projeto EuCARE procurará obter estruturas horizontais para os estudos coorte: para a análise de dados através de métodos de inteligência artificial sob supervisão da IBM Israel e para investigações em amostras com os sistemas imunológicos e virológicos mais avançados sob supervisão de Maurizio Zazzi, professor de Microbiologia da Universidade de Siena. Este projeto, portanto, não só procura respostas para a pandemia actual, mas também pretende criar capacidades para enfrentar potenciais epidemias do futuro.
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