O ex-edil da cidade de Maputo, David Simango, é suspeito de envolvimento em práticas de corrupção durante o seu mandato de 10 anos. Conforme o processo 171/20, que corre na 4ª secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, Simango podia sentar no banco dos réus esta sexta-feira, em sessão inaugural de julgamento, o que não foi possível devido ao pedido de adiamento feito pela sua defesa, para questões de instrução contraditória.
A acusação aponta que David terá adquirido ou recém-recebido um apartamento luxuoso, supostamente por vias corruptas, numa zona importante da capital moçambicana. As alegações indicam ainda que o ex-autarca teria recorrido à sua esposa para adquirir o referido apartamento, apurou “O País”.
“Ele é acusado de ter adquirido um apartamento no Edifício 24, da Épsilon, na Avenida 24 de Julho, como moeda de troca pela concessão do título do terreno e respectiva licença de construção, segundo escreve a “Carta”.
O Ministério Público quer Simango no banco dos réus por prática de corrupção e aceitação de oferta, fora dos termos permitidos por lei, entre os crimes arrolados no processo. Simango foi presidente do Conselho Municipal da Cidade de Maputo entre 2008 e 2018. A sua passagem na direcção máxima da autarquia despoletou, em algumas vezes, suspeitas de más-praticas na gestão da autarquia. Um dos maiores debates levantados durante o seu mandato foi o relacionado com a edificação de algumas infra-estruturas, tidas como sem qualidade, como a Avenida Julius Nyerere, apesar de “rios de dinheiro” investidos.
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