Vilankulo espera colher no máximo a experiência de diferentes stakeholders que já se encontram em Chibuene, para o maior evento sobre os oc...
O ESTABELECIMENTO, pelo Governo, de 43 meticais como preço de referência para a comercialização de castanha de caju na presente campanha, poderá reanimar a produção que, no ano passado, conheceu um revês do seu desempenho como consequência da Covid 19.
De acordo com o Director do Instituto Nacional de Amêndoas, Ilídio Bande, como resultado das acções de maneio integrado, nomeadamente, trabalhos de limpeza, podas e tratamento químicos, o país poderá ultrapassar, este ano, a fasquia de 160 mil toneladas, um desempenho que igualmente vai produzir um impacto financeiro positivo nos produtores.
Ilídio Bande que orientou última sexta -feira em Gucundo, localidade de Cumbane, distrito de Jangamo, em Inhambane, o lançamento oficial da campanha de comercialização da castanha de caju, explicou que além das actividades mencionadas realizadas em coordenação com os produtores e técnicos do seu sector, foram pulverizadas cerca de 8.5 milhões de cajueiros, uma realização que garante o alcance da meta estabelecida.
Disse também que, da produção esperada, há garantia do fornecimento à indústria nacional e à exportação, estimando em cerca de 30 mil toneladas a quantidade destinada ao mercado internacional, tendo, Índia e China como destinos da castanha em bruto e União Europeia, Países Nórdicos, Estados Unidos de América e a vizinha África como sendo mercado preferencial da amêndoa.
A nossa fonte assegurou que o regresso a normalidade das operações comerciais no mundo, o preço da castanha de caju poderá também conhecer um incremento no mercado internacional, podendo ultrapassar a fasquia de mil dólares norte americanos por tonelada .
“Este e outros incentivos que o país está introduzir neste sector, estão animar a retoma com vigor da produção da castanha de caju, uma das culturas de rendimento cujo impacto é visível nas comunidades”, sublinhou Ilídio Bande.
Explicou que o Instituto de Amêndoas vai intensificar a produção, multiplicação e distribuição de mudas de cajueiros, acção enquadrada no desafio da substituição paulatina de parque cajuícola do país, tido como velho e onde cerca de 10 por cento de cerca de 30 milhões de cajueiros deve ser de substituído.
Para o efeito, a nossa fonte falou da distribuição, em preparação da campanha de comercialização em curso, de 5.3 milhões de mudas em todo país, da produção de sementes policlonais com o objectivo de acelerar novas mudas.
O ESTABELECIMENTO, pelo Governo, de 43 meticais como preço de referência para a comercialização de castanha de caju na presente campanha, p...
O COMBATE ao terrorismo requer uma permanente união e aproximação entre os países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) e apoio da Comunidade Internacional na busca de soluções.
Um estudo conduzido pelo Instituto Superior de Estudos de Defesa Tenente-General Armando Emílio Guebuza (ISEDEF), que resultou na produção e lançamento ontem da 2.ª edição de uma revista científica, indica que os terroristas serão derrotados e expulsos de Cabo Delgado.
Porém, alerta que, em consequência disso, vão se refugiar em outros países da região, abrindo-se a possibilidade da criação de novos focos de terrorismo nos pontos de chegada.
Assim, é necessária a troca de informações estratégicas e experiências na abordagem do fenómeno, pois os problemas globais exigem soluções colectivas, não se compadecendo com a individualização de esforços.
O comandante do ISEDEF, Samuel Luluva, disse tratar-se de um acto satisfatório, uma vez que o evento acontece num mês em que o instituto celebra o seu 10.º aniversário.
“Desejamos que a 2.ª edição da revista científica de defesa e segurança sirva de mais um elemento motivador a toda a comunidade académica do ISEEF, bem como aos parceiros ao nível nacional e internacional, no domínio da investigação para intensificar as actividades de pesquisa que irão enriquecer o conhecimento dos vários fenómenos”, disse Luluva.
A pesquisa conclui que a comunhão que se verifica actualmente entre as forças da SADC, da República do Ruanda e de Portugal no combate ao terrorismo em Cabo Delgado é sinal desta cumplicidade na busca de formas para eliminar o fenómeno.
Considera-se que a análise do terrorismo em Cabo Delgado efectuada até aqui faz acreditar alguns cenários prováveis em relação ao seu desenvolvimento e controlo total do fenómeno, forçando à rendição dos terroristas e, consequente, restabelecimento da normalidade da vida na província.
Por outro lado, a eclosão da instabilidade em causa pode ter relação com a descoberta de recursos naturais, com intenções de retardar a sua exploração, com vista a desacelerar o desenvolvimento do país.
Visa também incapacitar o Estado moçambicano em proteger as empresas envolvidas, para viabilizar cada vez mais a intervenção externa, facto que pode concorrer para perigar a soberania nacional.
Outra intenção é enfraquecer o Estado no controlo da exploração dos recursos, tendo como horizonte travar uma possível concorrência de Moçambique no mercado energético mundial, assim como inibir a presença e influência do Ocidente numa zona tradicionalmente islâmica, daí a possibilidade da eclosão de Jihad.
No mesmo evento, foi lançada a obra “A migração internacional e o processo de desenvolvimento na região norte de Moçambique (Compulsando sobre a Província de Nampula)”, da autoria de Patrício Gonçalves.
O COMBATE ao terrorismo requer uma permanente união e aproximação entre os países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (...
MAIS 1.7 milhão de pessoas passaram a ter acesso à água potável nos últimos 18 meses no país, mercê de um investimento de 80 milhões de dólares norte-americanos na construção e reabilitação de sistemas de abastecimento.
O investimento, realizado na primeira fase da iniciativa presidencial Água para Vida (PRAVIDA), contribuiu para o aumento da capacidade de irrigação de pequena escala, abeberamento de gado e criação de postos de trabalho.
O Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, João Machatine, disse, há dias, que a implementação da primeira fase do PRAVIDA mostrou que é possível construir empreendimentos de grande impacto social com recursos financeiros limitados.
“Fazemos um balanço positivo do PRAVIDA I. Conseguimos alargar a cobertura até cerca de 1.7 milhão de pessoas”, disse.
Machatine disse que é preciso assegurar a sustentabilidade dos sistemas de abastecimento de água através da redução dos custos operacionais bem como ter em conta o impacto das mudanças climáticas na sua disponibilidade.
“Na primeira fase notou-se, por exemplo, que as fontes tidas como seguras em termos de disponibilidade começaram a revelar-se inseguras, quer por insuficiência de água, quer por estarem contaminadas. Nós vamos levar estas lições para a segunda fase”, acrescentou o governante.
Defendeu o uso racional da água como forma de evitar interrupção no fornecimento deste recurso, havendo por isso necessidade de garantir a proporcionalidade entre o investimento e os recursos captados.
MAIS 1.7 milhão de pessoas passaram a ter acesso à água potável nos últimos 18 meses no país, mercê de um investimento de 80 milhões de dól...
APERFEIÇOAR o combate ao crime organizado e transnacional, bem como a profissionalização e especialização do pessoal são alguns dos principais desafios assumidos pela recém-nomeada ministra do Interior, Arsénia Massingue, para os próximos tempos.
Massingue fez este pronunciamento ontem, no comando da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), na cidade de Maputo, numa cerimónia destinada à apresentação e saudação aos funcionários e agentes do Estado.
A ministra referiu-se à necessidade de observância rigorosa e escrupulosa das normas de disciplina, ética e deontologia profissional em todas as áreas e sectores.
“Somos uma instituição paramilitar e a cadeia de comando é vertical. Um bom oficial, um bom funcionário e um bom agente do Estado deve ter isto sempre em mente. Somos uma instituição multifacetada, em que a coordenação é imperiosa para o sucesso da missão de todos e de cada uma das áreas”, recordou.
O compromisso do Ministério do Interior, disse, é não medir esforços e garantir a máxima prontidão para que todos e quaisquer fenómenos que afectam negativamente a sociedade não perdurem.
“Inicia hoje uma nova fase na nossa instituição, para a qual espero a colaboração de todos, cada um com o seu saber e no seu sector, para o sucesso da missão do ministério. É igualmente nosso dever inverter a situação em prol da ordem, segurança e tranquilidade públicas e da soberania nacional”, disse.
Acrescentou que as diferentes áreas do Ministério do Interior e as tuteladas devem reflectir sobre o seu papel na garantia da segurança e do bem-estar público. Apontou que os desafios são vários e todos necessitam de atenção, mas é preciso definir prioridades.
“A quadra festiva avizinha-se e com ela a movimentação anormal de pessoas (nacionais e estrangeiras) e seus bens. Assim, é nossa tarefa garantir ambiente tranquilo em todo o território nacional”, disse.
Arsénia Massingue recordou a necessidade de tomada de medidas, dentro da instituição e nas comunidades, de prevenção da propagação da Covid-19.
APERFEIÇOAR o combate ao crime organizado e transnacional, bem como a profissionalização e especialização do pessoal são alguns dos princip...
O EFECTIVO de médicos no país aumentou nos últimos quatro anos em 15 por cento, passando de 2473, em 2018, para 2842, em Setembro último, facto que melhorou o rácio destes profissionais de saúde por habitante.
Dados partilhados recentemente mostram que, do total de médicos, 962 são especialistas em diferentes áreas e 1880 de clínica geral.
De um modo geral, no período em referência, o número de profissionais do Sistema Nacional de Saúde incrementou em sete por cento, ao sair de 57.502, em 2018, para 61.648 quadros até Setembro deste ano.
Falando recentemente, o Ministro da Saúde, Armindo Tiago, anotou que, apesar dos desafios impostos pela Covid-19, o sector conseguiu incrementar a quantidade de quadros.
Anotou que nos primeiros nove meses deste ano a Saúde graduou 31 médicos em diferentes áreas de especialidade, para além de prover vagas para 140 novos médicos, 74 técnicos superiores, 2170 do nível médio e 202 das áreas de apoio.
Com estes profissionais, o rácio de recursos humanos em regime especial de saúde subiu para 11.3/10 mil habitantes e poderá aumentar para 12.5 com o provimento de todas as vagas previstas no Plano Económico e Social (PES) de 2021.
Armindo Tiago chamou atenção aos quadros da Saúde para uma busca conjunta e permanente de soluções inovadoras para os diferentes desafios do sector que afectam as comunidades.
Referiu-se, neste contexto, à importância de os profissionais da área primarem por um comportamento exemplar no cumprimento da sua missão, a pertinência de todo o sistema de saúde a avaliação de desempenho com base em resultados.
Enalteceu o esforço conjunto para a melhoria do estado de saúde da população no país.
O EFECTIVO de médicos no país aumentou nos últimos quatro anos em 15 por cento, passando de 2473, em 2018, para 2842, em Setembro último, f...
Subiu para 700 o número de caixas de sumo da marca Ceres, de 200 mililitros, retiradas do mercado nacional por alegadamente estarem contaminadas. No entanto, a Inspecção Nacional das Actividades Económicas diz ainda não haver evidência científica de que o sumo seja nocivo.
Depois do anúncio alarmante da existência, em Moçambique, de um lote de sumo contaminado da marca “Ceres”, com sabor a maça vermelha, de 200 Mililitros, que culminou com a retirada de mais de 600 caixas do sumo em questão, a Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE) anunciou, hoje, que o aumento das apreensões resulta de um trabalho operativo levado a cabo pela instituição, a nível nacional.
Tomás Timba tranquilizou, informando que até ao momento não houve nenhum relato de desenvolvimento de qualquer doença em consequência do consumo deste sumo.
“Não há nenhum risco comprovado, no entanto estão a decorrer análises profundas, dentro e fora do país para aferir a qualidade e saber em que medida estes produtos são nocivos à saúde pública”, disse.
Tomás Timba afirma que há brigadas fiscalizadoras atentas a estes produtos em todas as províncias, uma vez que a distribuidora possui distribuidoras representadas na província de Maputo, Sofala e Nampula.
Falando no habitual balanço de actividades desenvolvidas de 1 a 15 de Novembro corrente, a INAE anunciou ainda que, a partir do dia 20 de Novembro, todo o estabelecimento que infringir as normas incorrerá a sanções.
“A partir da semana que vem, passaremos do período de graça para o período de tomada de medidas sancionatórias, que poderão culminar em suspensão das actividades no período de 1 a 3 meses, sem descurar a possibilidade de incorrer as respectivas multas”.
Durante 15 dias a INAE constatou que persistem as violações às medidas de prevenção contra a COVID-19, tendo destacado a existência de festas particulares com lotações fora do determinado, realização de espectáculos, venda fora do horário indicado, entre outras irregularidades.
Face a isso, a Inspecção Nacional das Actividades Económicas suspendeu 13 festas privadas e seis espetáculos, por diversas infracções.
Subiu para 700 o número de caixas de sumo da marca Ceres, de 200 mililitros, retiradas do mercado nacional por alegadamente estarem contami...
O Projecto Paz e Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (ONU) formou, em diferentes áreas vocacionais, e graduou um total de 960 mulheres das zonas afectadas pela violência armada na província de Sofala.
O grupo graduado pelo programa das Nações Unidas é o terceiro, desde o início da implementação do projecto na região centro do país e pretende apoiar cerca de 10 mil mulheres.
“Este é um projecto rotineiro, que assenta na formação de mulheres residentes em zonas de conflito armado em diferentes áreas de actuação económica”, disse o oficial de Programas da ONU Mulheres, Moisés Kakano, citado pela Lusa.
A Universidade Zambeze é o principal parceiro da iniciativa e é responsável por ministrar acções de formação, cujo cerne são as competências de saber fazer, ou seja, preparar as mulheres para o mercado do trabalho, nas áreas de agricultura, apicultura, piscicultura, electricidade, corte e costura, culinária, mecânica e construção civil.
Moisés Kakano disse à Lusa que, após a formação, as mulheres recebem instrumentos de trabalho em conformidade com a área de cada beneficiária. O objectivo é promover o auto-emprego para que as vítimas da violência armada reconstruam as suas vidas e das suas famílias.
Após um período de insegurança com ataques armados protagonizados pela Junta Militar da Renamo desde Agosto de 2019, a região centro vive, agora, uma acalmia, desde a morte em combate do líder do grupo, Mariano Nhongo, a 11 de Outubro.
O Projecto Paz e Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (ONU) formou, em diferentes áreas vocacionais, e graduou um total de 960 m...
O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) prevê a ocorrência de vento forte, com rajadas até 70 quilómetros por hora, chuvas moderadas a fortes (30 a 50 milímetros em 24 horas), localmente muito fortes (mais de 50 milímetros em 24 horas), acompanhadas de trovoadas severas a partir do final do dia de amanhã, até às primeiras horas da sexta-feira, no sul do país.
De acordo com um comunicado do INAM, o fenómeno poderá afectar os distritos de Matutuíne, Namaacha, Boane, Moamba, Magude, Manhiça, Marracuene e cidades de Maputo e Matola, na província de Maputo; Chókwe, Bilene, Chongoene, Chibuto, Guijá, Mandlakazi, Mabalane, Massingir, Mapai, Chicualacuala, Chigubo, Limpopo e cidade de Xai-Xai, na província de Gaza; e Zavala, Inharrime, Panda, Homoíne, Jangamo e cidades de Maxixe e Inhambane, na província de Inhambane.
No mar, seguindo a Meteorologia, prevêem-se ventos fortes com rajadas até 70 quilómetros por hora, aguaceiros ou chuvas moderadas a fortes, acompanhadas de trovoadas, gerando ondas com alturas até 4.0 metros a sul do paralelo 23 graus sul.
Face à situação em que as zonas mencionadas poderão estar sujeitas o INAM recomenda tomada de medidas de precaução e segurança.
O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) prevê a ocorrência de vento forte, com rajadas até 70 quilómetros por hora, chuvas moderadas a ...
Segundo um comunicado de imprensa da Presidência da República, o Presidente da República, Filipe Nyusi, dirige amanhã, na cidade de Vilankulo, província de Inhambane, a cerimónia de abertura da 2ª Edição da Conferência “Crescendo Azul”, que decorre sob o lema “Investir na Saúde do Oceano, é Investir no Futuro do Planeta”.
Trata-se de um evento de dois dias que juntará proeminentes figuras mundiais, sendo de destacar o Presidente da República do Quénia, Uhuru Kenyatta, como Convidado de Honra, políticos, diplomatas, empresários, académicos e estudiosos das várias áreas transversais ligadas ao mar, tendo como finalidade discutir a Governação Sustentável do Mar e o desenvolvimento da Economia Azul.
Na ocasião, o Chefe do Estado moçambicano vai igualmente proceder ao lançamento do Plano de Ordenamento do Espaço Marinho Nacional. A Conferência “Crescendo Azul” compreenderá debates temáticos divididos em Sessões Plenárias e eventos paralelos, que constituem o suporte principal para aquilo que se pretende atingir com a realização deste fórum internacional.
Segundo um comunicado de imprensa da Presidência da República, o Presidente da República, Filipe Nyusi, dirige amanhã, na cidade de Vilankul...
Estima-se que 15 milhões de bebés nascem demasiado cedo, todos os anos. Isto é, mais de um em cada 10 bebés nasce prematuro. Aproximadamente 1 milhão de crianças menores de cinco anos morrem todos os anos devido a complicações do parto prematuro, conforme avança o relatório global sobre a prematuridade.
“Muitos sobreviventes enfrentam uma vida inteira de deficiência, incluindo dificuldades de aprendizagem, problemas visuais e auditivos. Em todo o mundo, a prematuridade é a principal causa de morte em crianças com idade inferior a cinco anos. E em quase todos os países com dados fiáveis, as taxas de nascimentos prematuros estão a aumentar”, lê-se num comunicado conjunto da OMS, UNICEF, UNFPA e USAID.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), Moçambique está na lista dos 10 países, com as taxas mais elevadas de nascimento prematuro com 16.4 por 100 nascidos vivos.
O Dia Mundial da Prematuridade, dia 17 de Novembro, também conhecido como o Dia Internacional da Sensibilização para a Prematuridade, é celebrado em mais de 50 países com o objectivo de se levar a consciencialização sobre o parto prematuro e reflectir sobre estratégias para reduzir a taxa de prematuridade, garantir que melhores cuidados sejam oferecidos aos bebés e suas famílias. É o momento para alertar as mães para planificarem a sua gravidez, cumprirem com as consultas pré-natais, a fim de terem a assistência adequada, evitar o parto prematuro e consequentemente, complicações na saúde da mãe e do bebé.
A celebração deste dia apoia os valores e metas do Plano de Acção de Cada Recém-nascido (PACRN), lançado em Moçambique a 9 de Novembro de 2020, que mobiliza o apoio multissectorial global para salvar vidas e melhorar o bem-estar das mães e bebés. É também uma homenagem aos prematuros, aos seus pais, cuidadores e trabalhadores de saúde que os ajudam a lutar pela vida.
Nos últimos dois anos o mundo tem sido assolado pela pandemia da COVID-19 e Moçambique não é excepção. Evidências mostram que contrair o coronavírus durante a gravidez, pode aumentar o risco de parto prematuro. Por outro lado, o impacto indirecto da COVID-19, como a qualidade do atendimento prestado a recém-nascidos doentes e com baixo peso – e isso inclui o direito ao contacto directo com os pais/cuidadores, pode resultar em sofrimento e mortes desnecessárias. Nos últimos 10 meses em Moçambique, foram registados 168 casos de mulheres grávidas e lactantes com COVID-19.
De entre várias medidas de saúde pública adoptadas por Moçambique constam a higiene das mãos sempre que possível com água e sabão ou álcool gel, uso da máscara facial. De igual modo, constam o isolamento social e o distanciamento social entre as pessoas (1.5m). Estas duas últimas, não devem ser aplicadas para pais e mães de bebés prematuros!
A Organização Mundial de Saúde recomenda que as mães partilhem o quarto com seus bebés desde o nascimento e que sejam permitidas amamentar e praticar o contacto pele-a-pele, mesmo quando houver suspeita ou confirmação de infecções por COVID-19. É por este motivo que as comemorações deste ano, em todo o mundo decorrem sob o lema: “Separação zero: Aja agora! Mantenha pais e bebés prematuros juntos”. Este lema foi escolhido com o objectivo de destacar a importância do contacto dos recém-nascidos com os pais e mães logo após o nascimento, especialmente para aqueles prematuros e ou com baixo peso ao nascer.
A prevenção de mortes e complicações do parto prematuro começa com a saúde da mãe. Cuidados de qualidade e centrados na mulher antes, entre e durante as gravidezes; durante e depois do parto, irão assegurar que todas as mulheres tenham uma experiência de gravidez positiva.
Os cuidados adequados com o bebé prematuro, logo depois do nascimento, incluem cuidados essenciais e complementares ao recém-nascido, especialmente suporte para alimentação, manter o recém-nascido aquecido, cuidados do cordão umbilical para prevenção de infecções. A experiência de países desenvolvidos e de países de baixa e média renda mostrou, claramente, que o método mãe-canguru (MMC) pode reduzir substancialmente a mortalidade hospitalar. Além do contacto pele a pele, o pacote do MMC inclui amamentação exclusiva e frequente, suporte para o par mãe-bebé e seguimento adequado após a alta.
Desde 2015 que, em Moçambique, o MISAU (Ministério da Saúde) e os seus parceiros, entre eles o UNICEF, OMS, UNFPA, USAID e outros, têm levado a cabo actividades de conscientização na comunidade em geral. Este ano as actividades irão decorrer na semana de 14 a 20 de Novembro e a cerimónia central irá realizar-se no dia 19 de Novembro, na cidade da Beira, Província de Sofala, sob o lema “Separação zero: Aja agora! Mantenha pais e bebés prematuros juntos”.
Moçambique na lista dos 10 países com as taxas mais elevadas de nascimento prematuro
Estima-se que 15 milhões de bebés nascem demasiado cedo, todos os anos. Isto é, mais de um em cada 10 bebés nasce prematuro. Aproximadament...
A VENDA de comida nas ruas e avenidas da cidade de Nampula é um negócio antigo que vem transformando vidas de muitas mulheres e suas famílias. O dia-a-dia das praticantes é de sacrifício, pois devem confeccionar a comida, transportá-la e conservá-la quente até aos pontos de venda.
São vendedoras ambulantes que na sua condição de vulnerabilidade, maioritariamente mães solteiras, casadas, divorciadas ou viúvas, fazem a rotina, nas ruas, com o risco de algumas vezes regressarem com o produto.
O menu é variado, mas o destaque vai para comidas típicas como xima ou caracata e matapa, arroz e feijão acompanhado de carapau, papahi (peixe miúdo) frito, entre outros pratos que atraem os consumidores.
A preferência pela comida preparada por estas mulheres, geralmente expostas ao sol, tem a ver com o baixo preço praticado, comparativamente a alguns proprietários de estabelecimentos de restauração e barracas.
A título de exemplo, um prato de xima e carapau com amendoim, sai a 10 meticais nas vendedoras ambulantes, contra os 50 ou 60 meticais, praticados pelas barracas e acima de 300 meticais, nos restaurantes.
Ana Manuel é vendedora ambulante de comida há mais de cinco anos anos, na Avenida Eduardo Mondlane, manifestou a sua satisfação com o negócio, pois o valor que consegue, diariamente, é suficiente para garantir a sobrevivência dos seus três filhos, assim como para custear os seus estudos.
Conta que antes de praticar o negócio, tinha o plano de criar um projecto de horticultura, na área de Nampaco, com o suporte financeiro do Fundo de Alívio à Pobreza Urbana, que o município tinha prometido. O financiamento falhou, consequentemente o projecto não avançou.
Ana João, residente no bairro de Muatala, considera a venda de comida na rua como um grande alívio para a maioria das mulheres desfavorecidas da cidade de Nampula, por ser uma actividade lucrativa, onde se pode ganhar o dinheiro todos os dias.
“Claro que é um negócio de persistência, ditada pela conjuntura económica que hoje vivemos no nosso país, porque se eu tivesse emprego não estaria aqui como ambulante de comida. O trabalho é duro e oneroso, pelo facto de produtos como tomate, cebola, farinha de milho, feijão e outros, que constituem a nossa matéria-prima estarem a registar a subida de preço constantemente, no mercado”, explicou, afirmando que mesmo assim o número de vendedoras está a aumentar, o que já cria espaço para concorrência e, consequentemente, a obrigatoriedade de melhorar a qualidade da comida.
Mariamo Junqueiro, de 25 anos, mãe de dois filhos, residente no bairro de Namutequeliua, explicou que abraçou a actividade vendendo apenas xima e carapau, na zona da Memória, há cerca de dois anos. Tudo começou quando o seu esposo perdeu a vida.
Disse que no início, o negócio não andava bem, mas quando decidiu mudar da área para Avenida do Trabalho e pediu um empréstimo a uma instituição de micro crédito, tudo mudou e vieram os lucros.
Explicou que agora consegue sobreviver com a venda de comida, pois para além do lucro diário, consegue às vezes entre 300 e 400 meticais para a compra de ingredientes para preparar as refeições do dia seguinte.
“Claro que esses valores não são muitos, mas garante o sustento da família incluindo o pagamento das despesas dos seus estudos e continuidade do trabalho”, disse agradecendo o facto de o Conselho Municipal ainda não cobrar nenhuma taxa. Vou continuar com o negócio”, sustentou.
Para Maimuna Momede, residente no bairro de Namicopo, a principal motivação foi o sofrimento vivido depois de ter enviuvado e perdido os seus bens, incluindo a casa onde vivia com o seu esposo, num acto perpetrado pelos familiares do malogrado.
“A minha vizinha convidou-me a entrar para o negócio mas porque estava casada e tinha mínimas condições de sobrevivência, declinei alegadamente para não me expor na rua. O meu marido nunca iria aceitar que eu fosse à rua para fazer este tipo de negócio por temer assédio. Hoje não me arrependo de ter optado pela venda de comida na rua, porque não tenho falta do essencial para sobreviver. Pena é que na rua faltam condições para este tipo de actividade ”, contou.
O perigo da falta de higiene
A FALTA de condições higiénicas na prática desta actividade é vista como maior perigo sobretudo para os consumidores tendo em conta que, por um lado, os utensílios usados para servir a comida não são devidamente lavados e a comida fica sempre exposta a poeira e moscas, em plena via pública.
Aliado a isso, outra situação anómala, que aumenta o perigo de contracção de doenças, nesses “refeitórios” ao ar livre, é a falta de sanitários públicos. Os clientes, antes ou depois das refeições não têm um local apropriado para satisfazerem as suas necessidades biológicas, convivendo, por vezes, com cheiro nauseabundo provocado principalmente pela urina, nos muros e acácias.
Manuela de Jesus vende num dos locais mais imundos da Rua da Unidade, e diz que reconhece o risco decorrente para a sua saúde e a dos seus clientes. Porque não tem como mudar de lugar, expõe-se àquela situação, para além do facto de os seus clientes estarem habituados.
Explica que ela e colegas já pediram a edilidade, no sentido de arranjar outro lugar adequado, mas até agora não houve resposta.
“Pedimos para que o município instale sanitários públicos nas ruas onde vendemos a comida, isso tendo em conta que são sítios onde permanecemos por muito tempo”, disse.
A falta de higiene é um aspecto aparentemente ignorado pelos consumidores, pois, mesmo que a comida seja exposta por exemplo às moscas e poeira, compram-na por, alegadamente, não terem outra alternativa.
Aliás, a venda de comida nas ruas representa igualmente um outro perigo, de atropelamento, não só para as negociantes, como também os consumidores. Recentemente, uma vendedora foi atropelada por uma viatura, na zona do viaduto, que também concentra muitas vendedoras de comida, no bairro de Napipine, na tentativa de disputar um cliente.
As entidades locais, sobretudo o Conselho Municipal da Cidade de Nampula, vão assistindo esse cenário impávidos.
A comida que sobra, geralmente é jogada no local da venda e fica uma lixeira que, com a demora da recolha produz um cheiro nauseabundo.
Município estuda retirada
O CONSELHO Municipal da Cidade de Nampula diz estar a estudar formas de retirar as vendedoras ambulantes de comida, pelo facto de a actividade estar a ser desenvolvida em violação da postura camarária.
O vereador do pelouro de Mercados e Feiras, Osvaldo Ossufo Momade, explicou que o estudo minucioso visa, em parte, permitir que a retirada não seja prejudicial para as negociantes, o que passa por procurar um espaço adequado onde possam desenvolver a sua actividade de sobrevivência, em melhores condições de higiene e segurança.
“Mesmo na reunião que realizamos, recentemente, na cidade de Nampula, debatemos muito a situação da venda ambulante de comida na cidade. Não queremos que continuem a vender na rua, aliás, é por isso que não estamos a cobrar nenhuma taxa, pois estaríamos a legitimar uma actividade ilegal que atenta à postura camarária”, enfatizou.
A fonte referiu que a edilidade reconhece o perigo para a saúde pública, que os locais onde as mulheres vendem a comida representam. Porém não pode construir sanitários públicos nos lugares em que proíbe o desenvolvimento de qualquer actividade, como é o caso vertente.
No entanto, a não cobrança da taxa está a fazer com que o município perca receitas, tal como acontece com os vendedores informais, que desenvolvem a sua actividade nas esquinas e ruas da cidade.
A VENDA de comida nas ruas e avenidas da cidade de Nampula é um negócio antigo que vem transformando vidas de muitas mulheres e suas famíli...
CERCA de 400 pessoas foram recentemente sensibilizadas, no distrito municipal KaNyaka, na cidade de Maputo, sobre a importância da conservação da biodiversidade.
O acto teve lugar nas cerimónias de lançamento da 1.ª edição da Festa do Livro e Biodiversidade, iniciativa do Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMM) em coordenação com a Estação de Biologia Marítima de Inhaca, Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), Escola Portuguesa de Maputo, entre outros intervenientes.
Sob o lema “A história do futuro se escreve na ilha”, a ideia dos organizadores é promover a relação entre a literatura e a educação ambiental entre a comunidade da ilha.
O presidente do CMM, Eneas Comiche, foi quem inaugurou a biblioteca municipal de Inhaca, na Escola Primária Completa Inhaca Noge.
“Sinto-me honrado por semear a 1.ª edição da Festa do Livro e Biodiversidade de Inhaca. As obras sustentam os conhecimentos científicos adquiridos na escola e a escolha do tema visa despertar a atenção em relação às áreas mais atractivas da ilha de Inhaca que temos de proteger”, sublinhou.
Palestra e peça teatral sobre a importância da conservação do mangal e protecção do meios ambiente, improvisada por alunos com idades compreendias entre nove e 12 anos, bem como uma exposição sobre a biodiversidade, marcaram o evento.
Na ocasião, a BIOFUND doou 10 painéis informativos sobre espécies e habitats marinhos para uso na Estação de Biologia Marítima de Inhaca em actividades de educação ambiental.
No evento, foram igualmente exploradas sinergias para dar continuidade ao programa de educação ambiental, incluindo a produção de conteúdos, disponibilização de materiais, partilha de informação e formação de jovens e crianças da ilha de Inhaca.
O cruzamento entre a literatura e a conservação da biodiversidade é considerada uma oportunidade importante para chamar a consciência da sociedade, sobre a importância da conservação da biodiversidade.
CERCA de 400 pessoas foram recentemente sensibilizadas, no distrito municipal KaNyaka, na cidade de Maputo, sobre a importância da conserva...
O PRESIDENTE da República, Filipe Nyusi, efectua a partir de hoje até terça-feira uma visita de trabalho à Coreia do Sul, onde vai dirigir, na cidade de Goeje, o lançamento da plataforma flutuante de gás natural liquefeito, que marca o início da deslocação da mesma para a Área 4 da Bacia do Rovuma. Na Samsung Heavy Industries, empreiteira da plataforma, Nyusi participará no baptismo desta infra-estrutura a ser instalada em águas profundas moçambicanas, como primeiro projecto do género a ser desenvolvido em África.
Nesta deslocação, o Chefe do Estado faz-se acompanhar pela esposa, Isaura Ferrão Nyusi; ministro dos Recursos Minerais e Energia, Ernesto Max Tonela; vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Manuel Gonçalves; Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Moçambique junto da República da Coreia, José Morais.
O PRESIDENTE da República, Filipe Nyusi, efectua a partir de hoje até terça-feira uma visita de trabalho à Coreia do Sul, onde vai dirigir,...
O PRESIDENTE da República, Filipe Jacinto Nyusi, nomeou hoje três novos ministros. Trata-se de Cristóvão Artur Chume para o cargo de Ministro da Defesa Nacional; Arsénia Felicidade Félix Massingue para Ministra do Interior; e Constantino Alberto Bacela para Ministro na Presidência para Assuntos da Casa Civil, segundo uma nota de imprensa da Presidência da República recebida na Redacção do Notícias.
O PRESIDENTE da República, Filipe Jacinto Nyusi, nomeou hoje três novos ministros. Trata-se de Cristóvão Artur Chume para o cargo de Minist...
MOÇAMBIQUE está comprometido em reduzir os actuais índices de insegurança alimentar e desnutrição crónica, num contexto em que 24 por cento da população não tem acesso regular e permanente a alimentos, em quantidade e qualidade suficiente para a sua sobrevivência.
As estatísticas mostram que a taxa de desnutrição crónica reduziu de 43 para 38 por cento nos últimos anos, exigindo ainda a adopção de medidas estruturais para a melhoria da segurança alimentar e nutricional das famílias.
É a olhar para estes desafios que o Governo se reuniu ontem, na cidade de Maputo, para debater e validar o compromisso a ser apresentado na Cimeira Mundial de Tóquio sobre Nutrição para o Crescimento, a ter lugar nos dias 7 e 8 de Dezembro.
A secretária-executiva do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN), Celmira da Silva, disse que o Governo, a sociedade civil e parceiros estão comprometidos com a segurança alimentar e nutrição no país.
“A segurança alimentar e nutricional é um direito de todas as pessoas a todo o momento. O acesso físico, económico e sustentável a uma alimentação adequada para satisfazer as suas necessidades e preferências alimentares, em quantidade e qualidade aceitável num contexto cultural e saneamento adequado, serviços e cuidados de saúde, permite uma vida saudável e criativa”, disse.
Tendo em conta os desafios que o país enfrenta, o Governo tem focalizado as intervenções no aumento da produção e produtividade agrícola, acesso à água, saneamento e cuidados de saúde.
A directora de Políticas e Planificação no SETSAN, Cláudia Lopes, destacou o fortalecimento das intervenções na área da Saúde, focando nos grupos mais vulneráveis, como as crianças e mulheres.
Defendeu a necessidade de assegurar a provisão de água potável e saneamento do meio como uma das intervenções para reduzir a desnutrição crónica.
“Temos vindo a desenvolver acções na área de água e saneamento porque não basta garantir alimentos e cuidados de saúde”, afirmou.
Explicou que a Cimeira de Tóquio acontece num contexto em que o país enfrenta desafios no que diz respeito à segurança alimentar e nutricional, apesar dos passos dados na melhoria de políticas e estratégias do sector.
O representante residente da Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA), Hitoshi Matsumoto, encorajou o Governo e parceiros a trabalharem por forma a tornar a nutrição integral para a cobertura universal de saúde e desenvolvimento sustentável.
Para Matsumoto, é preciso construir sistemas alimentares que promovam dietas e nutrição saudável e segura, a subsistência dos produtores, pensando sempre na resiliência, principalmente em contextos frágeis e de conflitos, como forma de lidar com a desnutrição de forma eficaz.
MOÇAMBIQUE está comprometido em reduzir os actuais índices de insegurança alimentar e desnutrição crónica, num contexto em que 24 por cento...
A DECLARANTE Cristina Matavel, antiga directora-geral e financeira da EMATUM, disse ontem em sede de julgamento das dívidas não declaradas que o projecto da criação da empresa “começou do fim”, visto que foi invertida a ordem cronológica da sua constituição. Disse ao tribunal que trabalhar no projecto foi um “homicídio profissional”.
Cristina Matavele defendeu a sua tese explicando que, primeiro, foram comprados barcos e lançados à pesca do atum, sem antes se avançar com a criação de instalações para o seu funcionamento, recrutamento e formação dos pilotos e marinheiros, edificação de um talho, frigorífico e sala de processamento do pescado, entre outras condicionantes que permitiriam a empresa funcionar em pleno.
A décima quarta declarante no quadragésimo quarto dia de audiência afirmou que a inviabilidade da EMATUM, onde recebia 400 mil meticais mensais como salário, era tamanha que o período de graça era curto e os juros bastante altos, assim como pagava 44 mil dólares de seguro por cada embarcação e 258 dólares de atracagem também por embarcação.
“A EMATUM começou do fim. As embarcações deveriam ter chegado depois de criadas todas as condições. Quando chegaram, não havia ninguém para pilotar, daí que tivemos de contratar pessoal dos Estados Unidos, Indonésia Uruguai e Madagáscar. Fez-se o inverso, por isso não foi sustentável. Começou-se da morte. Pessoalmente, trabalhar na EMATUM foi um ‘homicídio profissional’”, referiu.
Disse que o atum pescado não teve mercado internacional como o Japão, pois os clientes queriam pescado fresco e dentro de 72 horas, e não congelado, como era o da empresa.
Explicou que recebeu salários na EMATUM, mas já não no Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE), de onde saiu para gerir aquela empresa de pesca de atum. À semelhança de outros administradores e PCA da EMATUM, Cristina Matavel recebeu viatura de afectação.
A declarante referiu ainda que as 24 embarcações adquiridas pela EMATUM à Privinvest foram chumbadas pelo INAMAR, daí que tiveram de ser adequadas para a pesca do atum. Tal foi o caso da colocação de escadas e troca de bóias salva-vidas.
Explicou que, quando entrou para a gestão da EMATUM, esta já tinha recebido o empréstimo de 850 milhões de dólares do Grupo Privinvest para a compra das 24 embarcações. Destas, três foram de arrasto, mas nunca foram usados para a procura da isca (lula adequada) para a pesca do atum, que era feita da zona de Bazaruto, em Inhambane, a Ponta do Ouro, em Maputo.
Aclarou que cada embarcação custou 22 milhões de dólares e o custo global das 24 foi de 580 milhões de dólares. Contudo, nunca teve explicação para onde foi o valor de diferença dos 850 milhões de dólares recebidos da Privinvest. Aliás, disse que, pelo facto de não ter fornecido todo o equipamento constante do contrato de financiamento, como é o caso do centro de comando, a Privinvest está a dever à EMATUM.
Anotou que as autoridades marítimas deveriam ter sido integradas no fabrico dos barcos, o que não aconteceu. Do mesmo modo, os gestores da Privinvest criaram um ambiente tortuoso de comunicação, visto que não acatavam nenhuma reclamação vinda da EMATUM sobre os barcos.
Disse que, quando começou a funcionar, em 2014, a EMATUM tinha juros vencidos e que viriam a ser pagos pelo fornecedores, neste caso o Grupo Privinvest. Sublinhou que, mais tarde, a Direcção Nacional do Tesouro assumiu a dívida de 550 milhões de dólares e os restantes 350 milhões de dólares ficaram como dívida da EMATUM.
Referiu ainda que fez um plano de reestruturação e revitalização da EMATUM avaliado em 65 mil dólares e entregue ao Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, que não chegou a dar despacho.
Nas suas respostas ao tribunal, Cristina Matavel referiu que houve uma transferência de 20 milhões de dólares para uma conta bancária que não constava dos registos da EMATUM, mas que tinha como assinantes António Carlos do Rosário, PCA desta empresa, bem como o administrador Henrique Gamito.
Em termos de produção, a declarante disse que a EMATUM produziu 284 toneladas de pescado diverso em resultado de 66 fainas, tendo vendido 49 toneladas e exportado 172 toneladas.
Disse que cessou funções na EMATUM sem que os seus superiores hierárquicos lhe tivessem dado tempo para fechar as contas da empresa. À sua saída, a empresa não tinha outros bens para além de 24 embarcações.
A DECLARANTE Cristina Matavel, antiga directora-geral e financeira da EMATUM, disse ontem em sede de julgamento das dívidas não declaradas ...
A PROCURA do ferro velho para a venda nos depósitos de sucata está a estimular o roubo de contentores de lixo na cidade de Nampula.
Por diversas vezes, os munícipes e a edilidade já se queixaram do roubo de contentores de lixo, sobretudo nos bairros. E só recentemente é que ficou claro que os depósitos estavam a ser usados para alimentar a indústria de sucata, em franco crescimento.
Aos contentores adicionam-se as grelhas metálicas que servem de protecção das entradas das manilhas do sistema de esgoto da cidade. Esta situação tem aumentado o risco de os munícipes e veículos automóveis precipitarem-se para as valas por causa da falta destes protectores.
Com efeito, o comandante da Polícia Municipal de Nampula, António Maneque, disse ao “Notícias” que duas pessoas foram detidas indiciadas de vandalização e roubo de contentores de lixo, na rua Macombre, bairro de Namutequeliua.
Dentre os detidos está o motorista de um vendedor de sucata, que transportava a “mercadoria” do ponto do roubo para o suposto armazém.
A Polícia Municipal diz que o grupo desta operação é composto por sete indivíduos, mas cinco encontram-se a monte. A corporação está a trabalhar para neutralizar os restantes integrantes da quadrilha.
Informou que o produto do roubo, no caso, os contentores já vandalizados, estava num quintal aparentemente abandonado, que depois seria vendido como sucata.
Referiu que um agente da Polícia Municipal se apercebeu da negociação do contentor e o seu consequente transporte para viatura, sendo que, de imediato, pediu ajuda aos colegas para a neutralização dos larápios.
“O motorista confessou que pelo transporte do contentor receberia 700 meticais”, disse a nossa fonte, que aproveitou a ocasião para pedir que os munícipes denunciem estes actos.
Há dias, o presidente do município de Nampula, Paulo Vahanle, comentou que os contentores de lixo estavam a desaparecer na urbe.
A PROCURA do ferro velho para a venda nos depósitos de sucata está a estimular o roubo de contentores de lixo na cidade de Nampula. Por div...
Hierarquia das Forças de Defesa e Segurança será reestruturada dentro de dias, avisa o Presidente da República, Filipe Nyusi, 24 horas após exonerar o ministro do Interior, Amade Miquidade. Nyusi falava durante a graduação de cerca de 500 sargentos em Boane.
O Presidente da República e Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS), Filipe Nyusi, alerta para mudanças, em breve, na hierarquia das FDS, que se debatem com vários desafios, entre os quais, terrorismo, raptos e acidentes de viação.
Nyusi quer excelência nas fileiras, desejo que manifestou esta quarta-feira durante a cerimónia de graduação do décimo segundo curso de formação de sargentos do quadro permanente e do terceiro curso complementar de formação de sargentos do quadro permanente, havido na Escola de Sargentos das Forças Armadas General do Exército Alberto Joaquim Chipande em Boane, província de Maputo.
“Queremos que as forças armadas continuem a ser de excelência para a defesa da pátria e dos interesses nacionais, consolidando-se cada vez mais como a força da unidade nacional. Para o efeito, cabe a vocês garantirem a execução com sucesso da política da defesa nacional. A estes jovens que estão perfilados à nossa frente, além dos que já estão nas outras missões fazem parte de um leque muito grande de quadros que estão à vossa disposição para ajudar a operacionalização das orientações que estamos a transmitir. Dentro de dias, voltarei a elaborar mais sobre esta matéria no âmbito da reestruturação das forças de defesa e segurança”, disse o Presidente da República.
O anúncio é feito numa altura em que o Chefe de Estado se mostra preocupado com o aumento de obras de construções nas áreas de servidão militar em Boane.
“Fiquei um pouco preocupado ainda hoje durante os exercícios, porque as construções estão a aproximar-se à área de servidão militar e algumas explosões que estavam a ser feitas há riscos de qualquer dia atingirem aquela zona, cuidem. Este é um quartel que foi projectado há anos, preciso de ser mantido, está numa zona extremamente estratégica, não é por acaso que em Boane, mobilizem as populações para compreenderem”, detalhou o Chefe de Estado.
E é em Boane onde homens e mulheres foram graduados e patenteados nesta quarta-feira como sargentos nos três ramos das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), nomeadamente, o exército, a força aérea e a marinha de guerra.
Durante a cerimónia, os sargentos fizeram demonstrações do trabalho que se comprometem a realizar. Nyusi sublinha o facto de estes sargentos terem tido aulas práticas, numa situação real de guerra, isto é, no Teatro Operacional Norte.
“Temos a certeza de que souberam assimilar a arte e a ciência militar transmitidos. Esperamos, por isso, melhorias e mudanças na forma de actuação nas nossas forças armadas nos teatros operacionais e em todas as missões que forem atribuídas. O sargento é chamado a garantir que o nosso soldado esteja em permanente prontidão combativa. Eu fiquei orgulhoso por saber que o vosso tirocínio foi no teatro norte, onde vocês combateram, bateram duro o inimigo e voltaram para a vossa missão de se formar”, enalteceu Nyusi.
Além do patrono da Escola de Sargentos das Forças Armadas de Boane, Alberto Chipande, o evento contou com o chefe do exército sul-africano que integra a missão da SADC em Moçambique no combate ao terrorismo em Cabo Delgado.
“EXÉRCITO DISCIPLINADO E BEM COMANDADO É INVENCÍVEL”, DIZ NYUSI
Segundo o Chefe de Estado, os sargentos têm um papel preponderante por serem a “interface” na interligação entre os oficiais e os soldados em benefício do pleno funcionamento de toda a estrutura das FADM, da base ao topo. Para o Comandante-Chefe das FDS, é no sargento onde repousam todas as virtudes de um militar; é o princípio e o fim da disciplina, o exemplo de patriotismo, de abnegação, de respeito à hierarquia, o espelho de aprumo, fonte inesgotável laboral e retrato de sacrifício e bravura.
“Um sargento que não conhece a sua missão e não respeita o seu posto pode influenciar negativamente, não apenas o estado moral e a interacção entre a base e o topo, mas, sobretudo, compromete o sucesso das missões incumbidas à sua unidade ou sub-unidade”, afirmou Nyusi, acrescentando que “o erro de um sargento pode resultar no fracasso de toda a unidade”.
Ainda no seu discurso, Filipe Nyusi lembrou aos formandos sobre as suas tarefas.
“É vossa tarefa esmerarem-se para que Moçambique continue a ser o Estado independente, soberano, uno e indivisível, democrático, com integridade territorial intacta, de justiça social, com a sua população convivendo num ambiente de paz e tranquilidade”.
E mais, “os cargos que vocês assumem e as patentes que vocês ostentam vos impedem de se distraírem enquanto grupos de pessoas que não querem ver o nosso país a desenvolver, roubam os nossos recursos naturais e violam a nossa integridade territorial”, concluiu o Presidente da República.
Hierarquia das Forças de Defesa e Segurança será reestruturada dentro de dias, avisa o Presidente da República, Filipe Nyusi, 24 horas após...
O projecto europeu “EuCARE” que decorre hoje (11 de Novembro) em Roma pretende clarificar alguns dos aspectos mais debatidos e cruciais na epidemia de SARS-Cov-2.
Coordenado pela Rede EURESIST, 22 universidades, hospitais e centros de investigação irão trabalhar para gerar respostas sólidas, baseadas na evidência dos dados, com o suporte de componentes imuno-virológicos fortes e inteligência artificial.
Com a participação de 60 cientistas da Europa e do mundo e representantes da OMS para uma partilha aberta de toda a informação, a pesquisa irá usar “coortes” de vários hospitais, incluindo doentes com “Long COVID”, “coortes” de profissionais de saúde vacinados e coortes de escolas na Europa, Quénia, México, Rússia e Vietname para reunir dados de um total de mais de 2600 doentes, 1600 profissionais de saúde e 26000 estudantes e professores seguidos em estudos prospectivos.
“Cerca de 10% dos doentes entre os 18 e 59 anos e maiores percentagens com idades superiores têm sintomas clínicos persistentes durantes meses, desenvolvendo ‘Long COVID’”, explicou Antonella D’Arminio Monforte, Professora Catedrática e directora da clínica de doenças infecciosas e tropicais na da Universidade de Milão.
O projeto EuCARE procurará obter estruturas horizontais para os estudos coorte: para a análise de dados através de métodos de inteligência artificial sob supervisão da IBM Israel e para investigações em amostras com os sistemas imunológicos e virológicos mais avançados sob supervisão de Maurizio Zazzi, professor de Microbiologia da Universidade de Siena. Este projeto, portanto, não só procura respostas para a pandemia actual, mas também pretende criar capacidades para enfrentar potenciais epidemias do futuro.
O projecto europeu “EuCARE” que decorre hoje (11 de Novembro) em Roma pretende clarificar alguns dos aspectos mais debatidos e cruciais na ...