África do sul rejeita testes rápidos feitos em Moçambique

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 Autoridades sul-africanas rejeitam a entrada no seu território de cidadãos moçambicanos que fizeram teste rápido para COVID-19 na fronteira de Ressano Garcia. Ainda não são conhecidas as razões para tal rejeição. Enquanto isso, as filas de carros continuam e as pessoas sentem-se abandonadas.



Dormir para repousar o organismo sacudido pelo cansaço de longa espera está a tornar-se comum na fronteira de Ressano Garcia. No local, uma mãe alimentava-se para repor as energias e garantir a sobrevivência do seu filho de dois meses, com o qual aguarda pela oportunidade de entrar na África do Sul.


Um cenário sombrio e incerto é como descrevem os viajantes que há dias estão retidos num congestionamento cujo fim não se vislumbrava até esta quarta-feira. Um grupo de moçambicanos contou que pagou dinheiro pelo teste rápido em Moçambique, mas o mesmo é rejeitado pelas autoridades sul-africanas. Assim, as pessoas ficam proibidas de viajar.


Salatiel André é um dos cidadãos moçambicanos que viu a sua intenção de viajar gorada porque foi mandado voltar pelas autoridades sul-africanas.


“Fizemos teste na parte moçambicana e disseram que o mesmo ia começar a funcionar a partir de hoje às 06h00 [ontem]. Carimbamos os passaportes e dormimos felizes pensando que logo” cedo podíamos viajar. Só que quando chegámos na parte sul-africana rejeitaram o teste e mandaram-nos voltar. Quando a gente chega” em Moçambique “ninguém está para nos atender”.


Adérito Ribeiro, um dos viajantes pediu a intervenção do Governo moçambicano para reverter a situação e disse que se sentia abandonado. “Espero que os órgãos competentes consigam entrar em contacto” com a contraparte sul-africana e “resolvem esta situação, porque estamos a passar mal”.


A fila de carros aumentou de 15 para 17 quilómetros a partir do rio Manhalime. Quando o tráfego rodoviário ganhava alguma fluidez, os camionistas criavam novamente confusão para o desespero de quem anseia seguir viagem.


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