Muitos bairros da cidade de Nampula registam de forma progressiva o problema de erosão que condiciona a circulação de viaturas, sobretudo de baixa suspensão. Há casos de casas e muros de vedação em risco de desabar.
O relevo de maior parte do território da cidade de Nampula é bastante acidentado, o que propicia a erosão que é visível em todos os quadrantes da urbe e agrava-se a cada vez que chove, atendendo que não existem valas de drenagem para o escoamento das águas pluviais.
Os munícipes que têm carros de baixa suspensão ressentem-se do rápido desgaste dos acessórios, tal como constatamos nalguns pontos que “O País” escalou. “Estamos a viver na cidade, mas não parece, porque não é possível transitar da forma como estão as estradas. Daqui até ao régulo Marere não perfaz 1km, mas fazemos em 30 minutos; nem todas as viaturas conseguem”, desabafa Valdemira Safrão abordo na sua viatura em mais uma gincana de estrada que contém pedregulhos, lixo e ramos de árvores, colocados na tentativa de minimizar o problema da via que dá acesso à sua casa, por isso, inevitável.
Na mesma tónica, junta-se Lina Alberto, também automobilista e munícipe da cidade de Nampula. “Nossos carros sofrem muito e temos que fazer manutenção constante, no caso de amortecedores”.
Alguns bairros ainda tentam organizar-se para fazerem contribuição de valores monetários para a intervenção na via, mas o investimento para solucionar ou minimizar o problema é avultado. Para além dos carros, há casas e muros de vedação em risco de desabar.
“Constituímos uma comissão de moradores e fizemos carta para o Conselho Municipal, estamos à espera”, avança Melo Luís, munícipe de Nampula e residente num dos bairros críticos.
No bairro de Muthita há um mercado municipal construído há anos, no interior do bairro, só que tem poucos vendedores porque a rua que dá acesso não está transitável, o que impossibilita a entrada de viaturas com mercadoria assim como o acesso dos clientes.
“Não há rua [em condições] para a entrada de carros para os armazéns, assim como dos clientes”, diz Dionísio Artur, chefe do mercado de Muthita.
O problema de vias de acesso piora com a ocupação desordenada do solo urbano.
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