Quatro pessoas morreram, nos primeiros três meses de 2021, vítimas de malária, na cidade de Maputo. O número revela uma “redução” quando comparado com igual período do ano passado, cujo registo foi de nove óbitos. Não obstante essa redução, a situação ainda preocupa as autoridades de saúde na capital.
“Em relação a 2020, tivemos uma redução de cerca de 50%, isso significa que estamos a registar avanços, mas, ainda assim, torna-se preocupante por ser uma doença possível de evitar”, disse Sheila Lobo, directora da Saúde na cidade de Maputo.
Os dados foram avançados, esta terça-feira, durante uma conferência de imprensa cujo objectivo era informar o ponto de situação nos sectores de Saúde e Educação na cidade de Maputo.
Na área da saúde, apontou-se que a Malária chegou aos 550 casos nas duas últimas semanas. Segundo Sheila Lobo, o número representa uma redução de 4.5% dos notificados no mesmo período de 2020 em que foram registados 575 casos.
“Os distritos que reportam grande parte dos casos são os de Kahlamankulo, seguido de KaMavota e KaMubukwana, temos menos casos em KaNyaka”, mencionou a dirigente, para acrescentar que é preciso que se intensifiquem as medidas de prevenção desta e de outras doenças, como o caso da COVID-19, doenças diarreicas e tuberculose que também preocupam as autoridades.
Num outro desenvolvimento, Sheila Lobo falou da mortalidade materna como um outro problema, com o registo de 62 mulheres que morreram durante ou após o parto e, no ano anterior, com registo de 73 mortes.
A hipertensão e a hemorragia durante a gravidez e depois do parto são as principais causas da morte.
“Quanto à mortalidade neonatal, ou seja, de recém-nascidos, foram registados 880 casos no ano passado contra 932 de 2019. Aqui, as principais causas foram a prematuridade, responsável por 422 mortes e asfixia responsável por 193”, apontou Sheila Lobo.
ANO LECTIVO 2021 INICIA COM CERCA DE 19% DOS ALUNOS POR SE INSCREVER
Durante a conferência de imprensa, o sector de Educação fez o balanço dos primeiros dois dias de aulas na cidade de Maputo. Segundo o director da Educação, na capital do país, Artur Dombo, todas as 259 escolas primárias e secundárias da cidade de Maputo iniciaram as aulas na segunda-feira, contudo 19% dos alunos ainda não se inscreveram por receio da pandemia da COVID-19.
“Tínhamos previsto a inscrição de 68.644 alunos, mas, até segunda-feira, 55.942 alunos é que se tinham matriculado, o que representa 81.4%. Na 1ª classe, 78.9% dos alunos é que foram matriculados, na 6ª classe 98%, na 8ª classe houve registo de 79.5% alunos e na 11ª classe de 66.3% dos alunos esperados”, avançou Artur Dombo.
Para concluir, sobre o recenseamento militar, o director de Educação na cidade de Maputo disse que, dos cerca 29.900 mancebos previstos, 22.800 é que se inscreveram.
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