O Banco Mundial aprovou, hoje, a elegibilidade de Moçambique para a atribuição de prevenção e resiliência (PRA), desbloqueando um financiamento de até 700 milhões de dólares para prevenir a escalada do conflito e construir resiliência em Moçambique.
O Banco Mundial aprovou, em paralelo, uma subvenção de 100 milhões de dólares da Associação Internacional de Desenvolvimento (AID) em apoio ao Projecto de Recuperação de Crise do Norte do Governo de Moçambique.
O referido projecto se concentra na abordagem de actividades de recuperação imediata e precoce, incluindo a restauração de meios de subsistência e oportunidades económicas, na construção da coesão social, e na melhoria do acesso aos serviços básicos, bem como a reabilitação de infra-estruturas públicas seleccionadas destinadas a beneficiar as pessoas deslocadas internamente (PDI) e as comunidades de acolhimento em áreas específicas do norte de Moçambique.
“Esta operação tão necessária, bem como os fundos desbloqueados ao abrigo da elegibilidade PRA, irá apoiar o Governo à medida que este intensifica a sua assistência directa aos deslocados internos e às comunidades de acolhimento e implementa a sua estratégia para evitar a escalada do conflito, ao mesmo tempo em que constrói a resiliência da comunidade”, observou Idah Z. Pswarayi-Riddihough, Director do Banco Mundial para Moçambique, Madagáscar, Comors, Maurícias e Seicheles.
A ARP implica uma mudança fundamental no envolvimento do grupo do Banco Mundial em Moçambique e resulta na recalibragem da carteira do Banco para se concentrar na abordagem dos riscos de conflito e violência.
“Esta recalibração foi levada a cabo em diálogo com o Governo de Moçambique e abrange as operações existentes e futuras”, explicou Michel Matera, Líder do Sector e co-líder da equipa do PRA.
Por sua vez, Neelam Nizar Verjee, Oficial Superior de Operações e co-líder da equipa do PRA, disse que “vale a pena notar que a atribuição é feita em parcelas e está sujeita a revisões anuais dos progressos feitos pelo Governo, medidos pela consecução de marcos acordados anualmente com o Banco Mundial”.
“O conflito no norte resultou numa crise humanitária crescente, interrompeu a prestação de serviços básicos, destruiu os meios de subsistência e o tecido social das comunidades afectadas e anfitriãs”, apontou Lizardo Narvaez Marulanda, Especialista Sénior de Gestão de Riscos de Catástrofes do Banco Mundial e líder da equipa para o Projecto de Recuperação de Crise do Norte.
“Este primeiro projecto, a ser financiado ao abrigo do PRA, irá apoiar a prestação de serviços básicos em locais de realojamento seleccionados, financiar as actividades de subsistência, tais como dinheiro para programas de trabalho para jovens e mulheres, fornecer insumos agrícolas e de pesca para deslocados internos, entre outros”.
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