O ensino online durante a pandemia revelou ser ainda um desafio em Moçambique, devido à falta de infra-estruturas tecnológicas e ao difícil acesso à internet. A constatação é do presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional Comunicações das Moçambique, Américo Muchanga.
A pandemia da COVID-19 fechou algumas escolas e impôs novas regras para as que resistiram. Entre as novas regras destacam-se as aulas “online” adoptadas para evitar aglomerados, mas estas, por sua vez, trouxeram consigo enormes desafios.
Para Américo Muchanga, durante este período, coube à instituição que dirige, coordenar com as operadoras de telefonia móvel, para disponibilizar dados de internet a preços bonificados para os alunos.
“A necessidade de haver uma parceria entre o sistema educacional e as operadoras de telecomunicações, tem que ser para garantir que a limitação financeira não possa ser um problema para o processo de educação”, afirmou Américo Muchanga.
“Não digo que o bónus no acesso aos dados de internet tenha que ser zero, mas tem que ser um valor que permite a que todo estudante moçambicano, independentemente da sua condição financeira, possa estudar”, acrescentou.
Outro problema dos alunos é o acesso à internet com qualidade, sobretudo, nas comunidades mais remotas, que segundo Américo Muchanga necessitam de investimento urgente.
“O facto é que uma operadora quando aumenta a largura da banda da internet, ela o faz primeiro nas zonas urbanas e só depois é que abrange às zonas rurais. É aí onde, também, reside o nosso desafio”, concluiu.
Muchanga falava, esta sexta-feira, durante a 7ª cerimónia virtual de abertura do ano Académico do Instituto Superior de Ciências e Educação à Distância.
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