Vendedores retalhistas teimam em exercer o comércio no Mercado Grossista do Zimpeto. Depois de terem sido retirados pela edilidade para outros mercados da cidade de Maputo, os vendedores queixam-se da falta de clientes nos locais indicados pelo município.
O Município pretende que os vendedores abandonem o mercado Grossista do Zimpeto, para reorganizar o local. Mesmo depois das sucessivas campanhas para a sua retirada, os retalhistas continuam a desafiar as orientações da Edilidade, mostrando que está fora das suas hipóteses exercer a actividade em outros locais.
“Nós não vamos sair daqui. Aqui conseguimos sustentar os nossos filhos e as nossas casas”, disse Teresa Manguene, vendedeira no grossista do Zimpeto desde 2008.
Os vendedores são, diariamente, perseguidos pela Polícia Municipal e, muitas vezes, a sua mercadoria é apreendida. Como consequência da sua relutância, pagam uma factura elevada. Violeta Simbine é disso um exemplo.
“Perdi muita mercadoria por estar a vender aqui. Diariamente, os polícias levam os nossos produtos. Meu negócio caiu, agora só vendo amendoim na peneira, para conseguir correr” desabafou a retalhista.
Tal como Violeta, Neida é, também, uma vendedeira que prefere enfrentar a polícia Municipal. “Mandaram- nos para o mercado Matendene, mas lá não há clientes, está vazio, não há movimento, pelo menos aqui eu consigo fazer algum dinheiro”.
Devido à propagação da COVID-19, o município de Maputo viu a necessidade de reorganizar os mercados da capital para evitar aglomerações.
Em Julho do ano passado, cerca de 400 vendedores retalhistas do Zimpeto foram transferidos para os mercados Magoanine e Laulane na cidade de Maputo.
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