A polícia considera tratar-se de líderes do grupo que desde Outubro de 2017 aterroriza o norte de Cabo Delgado. A apresentação do grupo foi feita num dia em que foram patenteados oficiais, generais das FADM e PRM pelo presidente da república.
Trata -se de três Ugandeses, líderes do grupo extremista Al Shabab, que foram neutralizados em Mocimboa da praia, em Cabo Delgado, e transferidos para as celas da vizinha província de Nampula.
O principal objetivo do grupo extremista islâmico é instituir a lei Sharia no país e combater os "inimigos do Islã", e desde 2008, está incluído na lista dos Estados Unidos como organização terrorista por ligações com a al-Qaeda, cujo número de soldados é incerto, mas chega a milhares, incluindo estrangeiros.
São três detidos, dos quais uma mulher esposa de um membro superior do grupo Al Shabab, o qual segundo afirmam encontram-se nas matas Moçambicanas e concretamente em Cabo Delgado.
O al-Shabab se inspira na versão wahabi do Islã da Arábia Saudita, embora a maioria dos somalis pertença ao ramo sufista, mais moderado, que ganhou popularidade prometendo segurança e estabilidade depois de anos de violência, mas a destruição de santuários sufistas custou ao grupo apoio entre a população.
Assumem ser membros do Al Shabab no Uganda seu país de origem, dizem ter se deslocado a Moçambique com o propósito de resgatar seu líder principal e negam ter qualquer ligação com atrocidades de Cabo Delgado, porém sabem que o referido líder tem um grupo nesta província.
A polícia não tem dúvidas e assegura serem estes os cabecilhas do grupo que semeia medo, terror, pânico e luto em Cabo Delgado, até porque através destes, as Forças de defesa e segurança conseguiram desmantelar algumas bases.
As FDS prometem prosseguir com operações em Cabo Delgado e outros pontos do país.
0 comentários
O QUE VOCÊ ACHOU DO ARTIGO, DEIXE SEU COMENTARIO