Chivale requer para não ser ouvido

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 O TRIBUNAL deu a conhecer ontem (18/11) que o advogado Alexandre Chivale, que defendia os co-réus António Carlos do Rosário, Inês Moiane  e Elias Moiane, requereu para não ser ouvido como declarante nos presentes autos. 



Sem se referir aos argumentos por detrás do pedido, o juiz Efigênio Baptista prometeu remeter o respectivo requerimento ao Ministério público para este dar o seu parecer. O mesmo poderá o fazer em relação à Ordem dos Advogados de Moçambique, assistente no processo, para depois ser tomada uma decisão.


A audição de Chivale está agendada para o dia 23 de Dezembro próximo, na condição de declarante, no mesmo dia em que será ouvido o Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane.


Alexandre Chivale viu-se impedido de continuar a defender os seus constituintes no julgamento em curso por incompatibilidades e conflitos de interesse e acabou por ser constituído declarante nos presentes autos. Deste modo, os três constituintes acabaram por escolher o advogado do réu Armando Ndambi Guebuza, Isalcio Mahanjane, para os defender.


Chivale está a ser investigado pelo Ministério Público num processo autónomo por suspeita de branqueamento de capitais nas empresas Txopela Investimentos e Dandula, onde é administrador e sócio maioritário, respectivamente. 


As investigações surgiram após se saber que as mesmas foram usadas para receber dinheiro da Privinvest, em benefício de particulares. O advogado é também suspeito de obstruir a continuidade das diligências em curso por parte do Ministério Público. Nesta senda, Chivale é apontado de, sistematicamente, viajar ao Líbano ao encontro de Jean Boustani e outros sócios da Privinvest, facto que, segundo o MP, está a inviabilizar o curso normal das investigações.


O MP acusa a Txopela Investimentos, de ter recebido, dissimulado e feito branqueamento de dinheiro pago pelo grupo Privinvest para comprar imóveis a favor do réu António Carlos do Rosário. 


Aponta ainda Chivale de deter 75 por cento do capital como sócio da empresa Dandula, que gere os activos imobiliários adquiridos pela Txopela Investimentos com os fundos resultantes do calote, ora em julgamento. 

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