Familiares e amigos despedem-se hoje do actor e dramaturgo moçambicano Feliciano Maricôa, num velório a ter lugar, às 14 horas, no salão nobre do Conselho Municipal da cidade de Nampula.
Pai dos músicos Messias e Filomena, Feliciano Maricôa perdeu a vida, terça-feira, aos 74 anos de idade, vítima doença. Depois do velório o cortejo fúnebre seguirá para o Cemitério da Faina, onde Maricôa será sepultado.
Há muito que o actor e dramaturgo, fundador do grupo teatral “Os Factos”, vinha padecendo de um cancro da próstata, doença que o levou a ser internado várias vezes para cuidados.
O velório, que contará com a presença de proeminentes figuras das artes e cultura da província de Nampula, com destaque para os actores de teatro, membros do governo e amantes das artes e cultura, será marcado por leituras de mensagens e discursos fúnebres de elogio à sua longa carreira artística.
Feliciano Maricôa vivia em Nampula há mais de 40 anos, onde se dedicava às artes cénicas, produzindo, principalmente, peças para grupos teatrais e radionovelas para rádios comunitárias e diversas instituições. Era uma das figuras mais solicitadas para produzir obras orientadas para a educação cívica.
Na década de 1980, o actor surgia como um dramaturgo de excelência, produzindo peças que arrastaram molduras humanas para casas de teatro e de cinema na cidade de Nampula, que iam lá assistir as suas peças teatrais, a maioria das quais retratava fenómenos quotidianos.
O dramaturgo ajudou a formar mais de duas dezenas de grupos teatrais em Nampula e a revolucionar o teatro no centro e norte do país, deixando em todos os grupos a sua influência.
Aliás, foi em Agosto de 1984 que Feliciano Maricôa forma o grupo teatral “Os Factos”, que se tornou, rapidamente, muito conhecido no país por retratar factos reais que enfermam muitas famílias até aos dias de hoje.
In Viva
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