As autoridades da migração sul-africanas, auxiliadas pelas Forças Armadas locais, detiveram ontem mais 90 indivíduos, elevando-se para cerca de 300 o número total de imigrantes que tentaram atravessar ilegalmente, desde quarta-feira, a fronteira para território sul-africano, através das montanhas Lebombo.
A informação foi avançada pelo Notícias ao Minuto, tendo como fonte um canal de televisão sul-africano, o qual teria reportado que dos cerca de 200 imigrantes ilegais deportados na quarta-feira para Moçambique, muitos voltaram a ser detidos esta quinta-feira após uma nova tentativa de entrada ilegal na África do Sul.
A situação levou o comité parlamentar sul-africano para os Assuntos da Imigração a considerar preocupante a situação humanitária na fronteira com Moçambique.
O deputado Bongani Bonga, do Congresso Nacional Africano (ANC, sigla em inglês), no poder, que preside ao comité parlamentar para os Assuntos da Imigração, destacou a falta de distanciamento social assim como a detenção em grande escala de imigrantes ilegais moçambicanos, durante uma visita ao posto de fronteira sul-africano de Lebombo, no lado oposto a Ressano Garcia, em Moçambique.
“O ministro do Interior [Aaron Motsoaledi] deve assumir a responsabilidade porque todas as instituições aqui presentes reportam à direcção de fronteiras. O ministro deve explicar ao parlamento o que está a acontecer nesta fronteira e a razão pela qual não há vontade política para implementar as medidas anunciadas pelo Presidente da República”, adiantou Bongani Bongo, conforme o Notícias ao Minuto.
O encerramento por 30 dias das fronteiras terrestres pela África do Sul devido à COVID-19 agravou a chegada de imigrantes ilegais oriundos de Moçambique e do Zimbabué, segundo as autoridades de imigração de Pretória, que referem estarem a deportar a cada 20 minutos dezenas de imigrantes ilegais, indica a fonte a que nos referimos.
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