A PRM diz que abortou na sexta-feira uma tentativa de ataque à vila de reassentamento de Quitunda, em Palma, e durante a operação foi abatido um suposto informante dos terroristas e um membro da Polícia da República de Moçambique (PRM) ficou ferido.
No dia 01 de Janeiro de 2021, quando muitos festejavam a chegada do novo ano, a PRM travava mais uma batalha no teatro operacional-norte, mais concretamente na aldeia de reassentamento de Quitunda, em Palma, província de Cabo Delgado, onde os terroristas estavam, alegadamente, infiltrar os seus informantes, num acto preparatório para mais um ataque que não se sabe quando seria. A Polícia tomou conhecimento, dirigiu-se ao local com o seu efectivo e foi recebida com disparos e teve que responder na mesma proporção, segundo avança Ernesto Madungue, superintendente da Polícia e porta-voz da corporação em Cabo Delgado.
“Os terroristas tentaram introduzir os seus informantes ao nível do distrito de Palma, na sede, com vista a criarem situação de ataque e a Polícia tomou conhecimento que havia em três residências, na vila de reassentamento de Quitunda. A Polícia organizou suas equipas para fazerem face a esta situação, deslocaram-se para aquele bairro, chegados no local, foram recebidos com tiros. A Polícia sentiu-se obrigada a abrir fogo e daí, um suposto informante dos terroristas acabou sendo alvejado mortalmente no local e também foi alvejado pelo mesmo suposto terrorista um dos membros da PRM que neste momento está a receber cuidados médicos no hospital”, explicou Ernesto Madungue.
As Forças de Defesa e Segurança estão no terreno e neste momento a Polícia garante que a situação está calma. “O trabalho continua no sentido de devolver a segurança e a ordem nas pessoas que neste momento encontram-se atormentadas”.
A troca de tiros aconteceu a mais ou menos três quilómetros do acampamento da Total. “O País” soube de fontes seguras que aquela petrolífera está a retirar o pessoal do acampamento em causa, por questões de segurança.
O teatro operacional-norte é neste momento o principal centro das atenções. Imagens do Ministério da Defesa Nacional cedidas à Televisão de Moçambique (TVM), na tarde de domingo, mostram o Major-General Eugénio Mussa na parada militar, numa das posições. O dirigente militar considera que 2021 é um ano decisivo na luta contra o terrorismo.
“2021 tem que ser o ano decisivo para resolvermos o problema que temos que é de aniquilar os contra-pátria. Temos que destruir com rigor porque não podemos continuar com este pendente”
E disse à tropa para não se deixar levar pelas informações e imagens que são veiculadas nas redes sociais, algumas das quais sem reflectir a verdade dos factos no terreno.
No final do ano passado, o Presidente da República, na qualidade de comandante-chefe das Forças de Defesa de Moçambique, prometeu reforço logístico ao teatro operacional-norte para perseguir o inimigo de forma estruturada, tal como disse.
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