O chefe do Estado-maior do movimento acusado de atacar viaturas e civis nas províncias de Manica e Sofala entregou-se às Forças de Defesa e Segurança (FDS). Manifestou o desejo de ser abrangido pelo processo do Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR).
Paulo Filipe Nguirangue, de 65 anos de idade, foi apresentado aos órgãos de comunicação social esta sexta-feira. Disse que foi nomeado ao posto de chefe do Estado-maior do grupo militar em Agosto de 2019, ano em que iniciou a violência armada em Manica e Sofala.
À imprensa, o guerrilheiro alegou que fez parte da Junta Militar sob pressão do respetivo presidente, Mariano Nhongo, que o ameaçava de morte se rejeitasse o convite.
Segundo Paulo Nguirangue, o movimento de que desertou recebia apoio logístico do antigo deputado da Renamo, Sandura Ambrósio, recentemente condenado por crime de conspiração contra a segurança do Estado.
A oito de Setembro passado, o Tribunal Judicial Distrital de Dondo condenou Sandura Ambrósio e outros quatro réus a cinco anos de prisão com pena suspensa, por recrutamento clandestino. O sexto elemento foi absolvido por insuficiência de provas.
Daniel Macuácua, o porta-voz do Comando Provincial da PRM em Sofala, disse que Paulo Nguirangue rendeu-se às FDS, no início desta semana, durante uma perseguição.
O agente da lei e ordem garantiu que a corporação vai criar condições para integrar o guerrilheiro no processo do DDR e apelou aos outros elementos da Junta Militar da Renamo a enveredar pela mesma via.
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