Com o objectivo de compreender as causas de conflitos nas regiões de exploração dos recursos naturais no país, algumas organizações da sociedade civil lançaram, esta quarta-feira, em Maputo, o projecto “Por uma Sociedade Inclusiva e Pacífica em Moçambique (TIPS)”.
Fazem parte do porjecto o Consórcio de parceiros Finn Church Aid (FCA), Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD), Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE), Conselho das Religiões em Moçambique (COREM) e Faith Associate.
No evento, foi, igualmente, feita a apresentação das linhas da pesquisa de base sobre as percepções locais da dinâmica dos conflitos, possíveis soluções e mapeamento dos actores da construção da paz nas regiões de maior ocorrência de exploração dos recursos naturais, a ser realizada pelo IESE, conforme explicou o director daquela institiuição de pesquisa, Sérgio Chichava.
O projecto tem, como principal objectivo, contribuir para a prevenção de conflitos, preparação e resposta a crises e construção da paz, através da governação e gestão inclusiva dos recursos naturais em Moçambique.
“A pesquisa vai permitir o mapeamento das áreas de conflito, as suas causas, bem como propostas de soluções, tais como, a aplicação da percentagem de 2,5% das receitas derivadas da exploração dos recursos naturais, em benefício das comunidades locais”, explicou o Director executivo do IMD, Hermenegildo Munlhovo.
Especificamente, a acção dos parceiros implementadores visa fortalecer a liderança e capacidades dos actores da sociedade civil para prevenir e abordar os conflitos gerados pela exploração de recursos naturais, por meio do diálogo e do engajamento de múltiplas partes interessadas a vários níveis.
Espera-se que este projecto contribua para uma maior colaboração e aprendizagem entre comunidades, organizações da sociedade civil (OSCs), autoridades nacionais e provinciais e sector privado na resolução de conflitos, gestão de recursos naturais, para além de uma participação das OSCs nos processos de desenvolvimento em Moçambique.
Com a duração de três anos (2021-2023), o projecto TIPS é financiado pela União Europeia e será implementado nas províncias de Inhambane, Sofala, Tete, Niassa e Cabo Delgado.
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