Vilankulo espera colher no máximo a experiência de diferentes stakeholders que já se encontram em Chibuene, para o maior evento sobre os oc...
O ESTABELECIMENTO, pelo Governo, de 43 meticais como preço de referência para a comercialização de castanha de caju na presente campanha, poderá reanimar a produção que, no ano passado, conheceu um revês do seu desempenho como consequência da Covid 19.
De acordo com o Director do Instituto Nacional de Amêndoas, Ilídio Bande, como resultado das acções de maneio integrado, nomeadamente, trabalhos de limpeza, podas e tratamento químicos, o país poderá ultrapassar, este ano, a fasquia de 160 mil toneladas, um desempenho que igualmente vai produzir um impacto financeiro positivo nos produtores.
Ilídio Bande que orientou última sexta -feira em Gucundo, localidade de Cumbane, distrito de Jangamo, em Inhambane, o lançamento oficial da campanha de comercialização da castanha de caju, explicou que além das actividades mencionadas realizadas em coordenação com os produtores e técnicos do seu sector, foram pulverizadas cerca de 8.5 milhões de cajueiros, uma realização que garante o alcance da meta estabelecida.
Disse também que, da produção esperada, há garantia do fornecimento à indústria nacional e à exportação, estimando em cerca de 30 mil toneladas a quantidade destinada ao mercado internacional, tendo, Índia e China como destinos da castanha em bruto e União Europeia, Países Nórdicos, Estados Unidos de América e a vizinha África como sendo mercado preferencial da amêndoa.
A nossa fonte assegurou que o regresso a normalidade das operações comerciais no mundo, o preço da castanha de caju poderá também conhecer um incremento no mercado internacional, podendo ultrapassar a fasquia de mil dólares norte americanos por tonelada .
“Este e outros incentivos que o país está introduzir neste sector, estão animar a retoma com vigor da produção da castanha de caju, uma das culturas de rendimento cujo impacto é visível nas comunidades”, sublinhou Ilídio Bande.
Explicou que o Instituto de Amêndoas vai intensificar a produção, multiplicação e distribuição de mudas de cajueiros, acção enquadrada no desafio da substituição paulatina de parque cajuícola do país, tido como velho e onde cerca de 10 por cento de cerca de 30 milhões de cajueiros deve ser de substituído.
Para o efeito, a nossa fonte falou da distribuição, em preparação da campanha de comercialização em curso, de 5.3 milhões de mudas em todo país, da produção de sementes policlonais com o objectivo de acelerar novas mudas.
O ESTABELECIMENTO, pelo Governo, de 43 meticais como preço de referência para a comercialização de castanha de caju na presente campanha, p...
O COMBATE ao terrorismo requer uma permanente união e aproximação entre os países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) e apoio da Comunidade Internacional na busca de soluções.
Um estudo conduzido pelo Instituto Superior de Estudos de Defesa Tenente-General Armando Emílio Guebuza (ISEDEF), que resultou na produção e lançamento ontem da 2.ª edição de uma revista científica, indica que os terroristas serão derrotados e expulsos de Cabo Delgado.
Porém, alerta que, em consequência disso, vão se refugiar em outros países da região, abrindo-se a possibilidade da criação de novos focos de terrorismo nos pontos de chegada.
Assim, é necessária a troca de informações estratégicas e experiências na abordagem do fenómeno, pois os problemas globais exigem soluções colectivas, não se compadecendo com a individualização de esforços.
O comandante do ISEDEF, Samuel Luluva, disse tratar-se de um acto satisfatório, uma vez que o evento acontece num mês em que o instituto celebra o seu 10.º aniversário.
“Desejamos que a 2.ª edição da revista científica de defesa e segurança sirva de mais um elemento motivador a toda a comunidade académica do ISEEF, bem como aos parceiros ao nível nacional e internacional, no domínio da investigação para intensificar as actividades de pesquisa que irão enriquecer o conhecimento dos vários fenómenos”, disse Luluva.
A pesquisa conclui que a comunhão que se verifica actualmente entre as forças da SADC, da República do Ruanda e de Portugal no combate ao terrorismo em Cabo Delgado é sinal desta cumplicidade na busca de formas para eliminar o fenómeno.
Considera-se que a análise do terrorismo em Cabo Delgado efectuada até aqui faz acreditar alguns cenários prováveis em relação ao seu desenvolvimento e controlo total do fenómeno, forçando à rendição dos terroristas e, consequente, restabelecimento da normalidade da vida na província.
Por outro lado, a eclosão da instabilidade em causa pode ter relação com a descoberta de recursos naturais, com intenções de retardar a sua exploração, com vista a desacelerar o desenvolvimento do país.
Visa também incapacitar o Estado moçambicano em proteger as empresas envolvidas, para viabilizar cada vez mais a intervenção externa, facto que pode concorrer para perigar a soberania nacional.
Outra intenção é enfraquecer o Estado no controlo da exploração dos recursos, tendo como horizonte travar uma possível concorrência de Moçambique no mercado energético mundial, assim como inibir a presença e influência do Ocidente numa zona tradicionalmente islâmica, daí a possibilidade da eclosão de Jihad.
No mesmo evento, foi lançada a obra “A migração internacional e o processo de desenvolvimento na região norte de Moçambique (Compulsando sobre a Província de Nampula)”, da autoria de Patrício Gonçalves.
O COMBATE ao terrorismo requer uma permanente união e aproximação entre os países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (...
MAIS 1.7 milhão de pessoas passaram a ter acesso à água potável nos últimos 18 meses no país, mercê de um investimento de 80 milhões de dólares norte-americanos na construção e reabilitação de sistemas de abastecimento.
O investimento, realizado na primeira fase da iniciativa presidencial Água para Vida (PRAVIDA), contribuiu para o aumento da capacidade de irrigação de pequena escala, abeberamento de gado e criação de postos de trabalho.
O Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, João Machatine, disse, há dias, que a implementação da primeira fase do PRAVIDA mostrou que é possível construir empreendimentos de grande impacto social com recursos financeiros limitados.
“Fazemos um balanço positivo do PRAVIDA I. Conseguimos alargar a cobertura até cerca de 1.7 milhão de pessoas”, disse.
Machatine disse que é preciso assegurar a sustentabilidade dos sistemas de abastecimento de água através da redução dos custos operacionais bem como ter em conta o impacto das mudanças climáticas na sua disponibilidade.
“Na primeira fase notou-se, por exemplo, que as fontes tidas como seguras em termos de disponibilidade começaram a revelar-se inseguras, quer por insuficiência de água, quer por estarem contaminadas. Nós vamos levar estas lições para a segunda fase”, acrescentou o governante.
Defendeu o uso racional da água como forma de evitar interrupção no fornecimento deste recurso, havendo por isso necessidade de garantir a proporcionalidade entre o investimento e os recursos captados.
MAIS 1.7 milhão de pessoas passaram a ter acesso à água potável nos últimos 18 meses no país, mercê de um investimento de 80 milhões de dól...
APERFEIÇOAR o combate ao crime organizado e transnacional, bem como a profissionalização e especialização do pessoal são alguns dos principais desafios assumidos pela recém-nomeada ministra do Interior, Arsénia Massingue, para os próximos tempos.
Massingue fez este pronunciamento ontem, no comando da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), na cidade de Maputo, numa cerimónia destinada à apresentação e saudação aos funcionários e agentes do Estado.
A ministra referiu-se à necessidade de observância rigorosa e escrupulosa das normas de disciplina, ética e deontologia profissional em todas as áreas e sectores.
“Somos uma instituição paramilitar e a cadeia de comando é vertical. Um bom oficial, um bom funcionário e um bom agente do Estado deve ter isto sempre em mente. Somos uma instituição multifacetada, em que a coordenação é imperiosa para o sucesso da missão de todos e de cada uma das áreas”, recordou.
O compromisso do Ministério do Interior, disse, é não medir esforços e garantir a máxima prontidão para que todos e quaisquer fenómenos que afectam negativamente a sociedade não perdurem.
“Inicia hoje uma nova fase na nossa instituição, para a qual espero a colaboração de todos, cada um com o seu saber e no seu sector, para o sucesso da missão do ministério. É igualmente nosso dever inverter a situação em prol da ordem, segurança e tranquilidade públicas e da soberania nacional”, disse.
Acrescentou que as diferentes áreas do Ministério do Interior e as tuteladas devem reflectir sobre o seu papel na garantia da segurança e do bem-estar público. Apontou que os desafios são vários e todos necessitam de atenção, mas é preciso definir prioridades.
“A quadra festiva avizinha-se e com ela a movimentação anormal de pessoas (nacionais e estrangeiras) e seus bens. Assim, é nossa tarefa garantir ambiente tranquilo em todo o território nacional”, disse.
Arsénia Massingue recordou a necessidade de tomada de medidas, dentro da instituição e nas comunidades, de prevenção da propagação da Covid-19.
APERFEIÇOAR o combate ao crime organizado e transnacional, bem como a profissionalização e especialização do pessoal são alguns dos princip...
O EFECTIVO de médicos no país aumentou nos últimos quatro anos em 15 por cento, passando de 2473, em 2018, para 2842, em Setembro último, facto que melhorou o rácio destes profissionais de saúde por habitante.
Dados partilhados recentemente mostram que, do total de médicos, 962 são especialistas em diferentes áreas e 1880 de clínica geral.
De um modo geral, no período em referência, o número de profissionais do Sistema Nacional de Saúde incrementou em sete por cento, ao sair de 57.502, em 2018, para 61.648 quadros até Setembro deste ano.
Falando recentemente, o Ministro da Saúde, Armindo Tiago, anotou que, apesar dos desafios impostos pela Covid-19, o sector conseguiu incrementar a quantidade de quadros.
Anotou que nos primeiros nove meses deste ano a Saúde graduou 31 médicos em diferentes áreas de especialidade, para além de prover vagas para 140 novos médicos, 74 técnicos superiores, 2170 do nível médio e 202 das áreas de apoio.
Com estes profissionais, o rácio de recursos humanos em regime especial de saúde subiu para 11.3/10 mil habitantes e poderá aumentar para 12.5 com o provimento de todas as vagas previstas no Plano Económico e Social (PES) de 2021.
Armindo Tiago chamou atenção aos quadros da Saúde para uma busca conjunta e permanente de soluções inovadoras para os diferentes desafios do sector que afectam as comunidades.
Referiu-se, neste contexto, à importância de os profissionais da área primarem por um comportamento exemplar no cumprimento da sua missão, a pertinência de todo o sistema de saúde a avaliação de desempenho com base em resultados.
Enalteceu o esforço conjunto para a melhoria do estado de saúde da população no país.
O EFECTIVO de médicos no país aumentou nos últimos quatro anos em 15 por cento, passando de 2473, em 2018, para 2842, em Setembro último, f...
Subiu para 700 o número de caixas de sumo da marca Ceres, de 200 mililitros, retiradas do mercado nacional por alegadamente estarem contaminadas. No entanto, a Inspecção Nacional das Actividades Económicas diz ainda não haver evidência científica de que o sumo seja nocivo.
Depois do anúncio alarmante da existência, em Moçambique, de um lote de sumo contaminado da marca “Ceres”, com sabor a maça vermelha, de 200 Mililitros, que culminou com a retirada de mais de 600 caixas do sumo em questão, a Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE) anunciou, hoje, que o aumento das apreensões resulta de um trabalho operativo levado a cabo pela instituição, a nível nacional.
Tomás Timba tranquilizou, informando que até ao momento não houve nenhum relato de desenvolvimento de qualquer doença em consequência do consumo deste sumo.
“Não há nenhum risco comprovado, no entanto estão a decorrer análises profundas, dentro e fora do país para aferir a qualidade e saber em que medida estes produtos são nocivos à saúde pública”, disse.
Tomás Timba afirma que há brigadas fiscalizadoras atentas a estes produtos em todas as províncias, uma vez que a distribuidora possui distribuidoras representadas na província de Maputo, Sofala e Nampula.
Falando no habitual balanço de actividades desenvolvidas de 1 a 15 de Novembro corrente, a INAE anunciou ainda que, a partir do dia 20 de Novembro, todo o estabelecimento que infringir as normas incorrerá a sanções.
“A partir da semana que vem, passaremos do período de graça para o período de tomada de medidas sancionatórias, que poderão culminar em suspensão das actividades no período de 1 a 3 meses, sem descurar a possibilidade de incorrer as respectivas multas”.
Durante 15 dias a INAE constatou que persistem as violações às medidas de prevenção contra a COVID-19, tendo destacado a existência de festas particulares com lotações fora do determinado, realização de espectáculos, venda fora do horário indicado, entre outras irregularidades.
Face a isso, a Inspecção Nacional das Actividades Económicas suspendeu 13 festas privadas e seis espetáculos, por diversas infracções.
Subiu para 700 o número de caixas de sumo da marca Ceres, de 200 mililitros, retiradas do mercado nacional por alegadamente estarem contami...
O Projecto Paz e Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (ONU) formou, em diferentes áreas vocacionais, e graduou um total de 960 mulheres das zonas afectadas pela violência armada na província de Sofala.
O grupo graduado pelo programa das Nações Unidas é o terceiro, desde o início da implementação do projecto na região centro do país e pretende apoiar cerca de 10 mil mulheres.
“Este é um projecto rotineiro, que assenta na formação de mulheres residentes em zonas de conflito armado em diferentes áreas de actuação económica”, disse o oficial de Programas da ONU Mulheres, Moisés Kakano, citado pela Lusa.
A Universidade Zambeze é o principal parceiro da iniciativa e é responsável por ministrar acções de formação, cujo cerne são as competências de saber fazer, ou seja, preparar as mulheres para o mercado do trabalho, nas áreas de agricultura, apicultura, piscicultura, electricidade, corte e costura, culinária, mecânica e construção civil.
Moisés Kakano disse à Lusa que, após a formação, as mulheres recebem instrumentos de trabalho em conformidade com a área de cada beneficiária. O objectivo é promover o auto-emprego para que as vítimas da violência armada reconstruam as suas vidas e das suas famílias.
Após um período de insegurança com ataques armados protagonizados pela Junta Militar da Renamo desde Agosto de 2019, a região centro vive, agora, uma acalmia, desde a morte em combate do líder do grupo, Mariano Nhongo, a 11 de Outubro.
O Projecto Paz e Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (ONU) formou, em diferentes áreas vocacionais, e graduou um total de 960 m...
O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) prevê a ocorrência de vento forte, com rajadas até 70 quilómetros por hora, chuvas moderadas a fortes (30 a 50 milímetros em 24 horas), localmente muito fortes (mais de 50 milímetros em 24 horas), acompanhadas de trovoadas severas a partir do final do dia de amanhã, até às primeiras horas da sexta-feira, no sul do país.
De acordo com um comunicado do INAM, o fenómeno poderá afectar os distritos de Matutuíne, Namaacha, Boane, Moamba, Magude, Manhiça, Marracuene e cidades de Maputo e Matola, na província de Maputo; Chókwe, Bilene, Chongoene, Chibuto, Guijá, Mandlakazi, Mabalane, Massingir, Mapai, Chicualacuala, Chigubo, Limpopo e cidade de Xai-Xai, na província de Gaza; e Zavala, Inharrime, Panda, Homoíne, Jangamo e cidades de Maxixe e Inhambane, na província de Inhambane.
No mar, seguindo a Meteorologia, prevêem-se ventos fortes com rajadas até 70 quilómetros por hora, aguaceiros ou chuvas moderadas a fortes, acompanhadas de trovoadas, gerando ondas com alturas até 4.0 metros a sul do paralelo 23 graus sul.
Face à situação em que as zonas mencionadas poderão estar sujeitas o INAM recomenda tomada de medidas de precaução e segurança.
O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) prevê a ocorrência de vento forte, com rajadas até 70 quilómetros por hora, chuvas moderadas a ...
Segundo um comunicado de imprensa da Presidência da República, o Presidente da República, Filipe Nyusi, dirige amanhã, na cidade de Vilankulo, província de Inhambane, a cerimónia de abertura da 2ª Edição da Conferência “Crescendo Azul”, que decorre sob o lema “Investir na Saúde do Oceano, é Investir no Futuro do Planeta”.
Trata-se de um evento de dois dias que juntará proeminentes figuras mundiais, sendo de destacar o Presidente da República do Quénia, Uhuru Kenyatta, como Convidado de Honra, políticos, diplomatas, empresários, académicos e estudiosos das várias áreas transversais ligadas ao mar, tendo como finalidade discutir a Governação Sustentável do Mar e o desenvolvimento da Economia Azul.
Na ocasião, o Chefe do Estado moçambicano vai igualmente proceder ao lançamento do Plano de Ordenamento do Espaço Marinho Nacional. A Conferência “Crescendo Azul” compreenderá debates temáticos divididos em Sessões Plenárias e eventos paralelos, que constituem o suporte principal para aquilo que se pretende atingir com a realização deste fórum internacional.
Segundo um comunicado de imprensa da Presidência da República, o Presidente da República, Filipe Nyusi, dirige amanhã, na cidade de Vilankul...
Estima-se que 15 milhões de bebés nascem demasiado cedo, todos os anos. Isto é, mais de um em cada 10 bebés nasce prematuro. Aproximadamente 1 milhão de crianças menores de cinco anos morrem todos os anos devido a complicações do parto prematuro, conforme avança o relatório global sobre a prematuridade.
“Muitos sobreviventes enfrentam uma vida inteira de deficiência, incluindo dificuldades de aprendizagem, problemas visuais e auditivos. Em todo o mundo, a prematuridade é a principal causa de morte em crianças com idade inferior a cinco anos. E em quase todos os países com dados fiáveis, as taxas de nascimentos prematuros estão a aumentar”, lê-se num comunicado conjunto da OMS, UNICEF, UNFPA e USAID.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), Moçambique está na lista dos 10 países, com as taxas mais elevadas de nascimento prematuro com 16.4 por 100 nascidos vivos.
O Dia Mundial da Prematuridade, dia 17 de Novembro, também conhecido como o Dia Internacional da Sensibilização para a Prematuridade, é celebrado em mais de 50 países com o objectivo de se levar a consciencialização sobre o parto prematuro e reflectir sobre estratégias para reduzir a taxa de prematuridade, garantir que melhores cuidados sejam oferecidos aos bebés e suas famílias. É o momento para alertar as mães para planificarem a sua gravidez, cumprirem com as consultas pré-natais, a fim de terem a assistência adequada, evitar o parto prematuro e consequentemente, complicações na saúde da mãe e do bebé.
A celebração deste dia apoia os valores e metas do Plano de Acção de Cada Recém-nascido (PACRN), lançado em Moçambique a 9 de Novembro de 2020, que mobiliza o apoio multissectorial global para salvar vidas e melhorar o bem-estar das mães e bebés. É também uma homenagem aos prematuros, aos seus pais, cuidadores e trabalhadores de saúde que os ajudam a lutar pela vida.
Nos últimos dois anos o mundo tem sido assolado pela pandemia da COVID-19 e Moçambique não é excepção. Evidências mostram que contrair o coronavírus durante a gravidez, pode aumentar o risco de parto prematuro. Por outro lado, o impacto indirecto da COVID-19, como a qualidade do atendimento prestado a recém-nascidos doentes e com baixo peso – e isso inclui o direito ao contacto directo com os pais/cuidadores, pode resultar em sofrimento e mortes desnecessárias. Nos últimos 10 meses em Moçambique, foram registados 168 casos de mulheres grávidas e lactantes com COVID-19.
De entre várias medidas de saúde pública adoptadas por Moçambique constam a higiene das mãos sempre que possível com água e sabão ou álcool gel, uso da máscara facial. De igual modo, constam o isolamento social e o distanciamento social entre as pessoas (1.5m). Estas duas últimas, não devem ser aplicadas para pais e mães de bebés prematuros!
A Organização Mundial de Saúde recomenda que as mães partilhem o quarto com seus bebés desde o nascimento e que sejam permitidas amamentar e praticar o contacto pele-a-pele, mesmo quando houver suspeita ou confirmação de infecções por COVID-19. É por este motivo que as comemorações deste ano, em todo o mundo decorrem sob o lema: “Separação zero: Aja agora! Mantenha pais e bebés prematuros juntos”. Este lema foi escolhido com o objectivo de destacar a importância do contacto dos recém-nascidos com os pais e mães logo após o nascimento, especialmente para aqueles prematuros e ou com baixo peso ao nascer.
A prevenção de mortes e complicações do parto prematuro começa com a saúde da mãe. Cuidados de qualidade e centrados na mulher antes, entre e durante as gravidezes; durante e depois do parto, irão assegurar que todas as mulheres tenham uma experiência de gravidez positiva.
Os cuidados adequados com o bebé prematuro, logo depois do nascimento, incluem cuidados essenciais e complementares ao recém-nascido, especialmente suporte para alimentação, manter o recém-nascido aquecido, cuidados do cordão umbilical para prevenção de infecções. A experiência de países desenvolvidos e de países de baixa e média renda mostrou, claramente, que o método mãe-canguru (MMC) pode reduzir substancialmente a mortalidade hospitalar. Além do contacto pele a pele, o pacote do MMC inclui amamentação exclusiva e frequente, suporte para o par mãe-bebé e seguimento adequado após a alta.
Desde 2015 que, em Moçambique, o MISAU (Ministério da Saúde) e os seus parceiros, entre eles o UNICEF, OMS, UNFPA, USAID e outros, têm levado a cabo actividades de conscientização na comunidade em geral. Este ano as actividades irão decorrer na semana de 14 a 20 de Novembro e a cerimónia central irá realizar-se no dia 19 de Novembro, na cidade da Beira, Província de Sofala, sob o lema “Separação zero: Aja agora! Mantenha pais e bebés prematuros juntos”.
Moçambique na lista dos 10 países com as taxas mais elevadas de nascimento prematuro
Estima-se que 15 milhões de bebés nascem demasiado cedo, todos os anos. Isto é, mais de um em cada 10 bebés nasce prematuro. Aproximadament...
A VENDA de comida nas ruas e avenidas da cidade de Nampula é um negócio antigo que vem transformando vidas de muitas mulheres e suas famílias. O dia-a-dia das praticantes é de sacrifício, pois devem confeccionar a comida, transportá-la e conservá-la quente até aos pontos de venda.
São vendedoras ambulantes que na sua condição de vulnerabilidade, maioritariamente mães solteiras, casadas, divorciadas ou viúvas, fazem a rotina, nas ruas, com o risco de algumas vezes regressarem com o produto.
O menu é variado, mas o destaque vai para comidas típicas como xima ou caracata e matapa, arroz e feijão acompanhado de carapau, papahi (peixe miúdo) frito, entre outros pratos que atraem os consumidores.
A preferência pela comida preparada por estas mulheres, geralmente expostas ao sol, tem a ver com o baixo preço praticado, comparativamente a alguns proprietários de estabelecimentos de restauração e barracas.
A título de exemplo, um prato de xima e carapau com amendoim, sai a 10 meticais nas vendedoras ambulantes, contra os 50 ou 60 meticais, praticados pelas barracas e acima de 300 meticais, nos restaurantes.
Ana Manuel é vendedora ambulante de comida há mais de cinco anos anos, na Avenida Eduardo Mondlane, manifestou a sua satisfação com o negócio, pois o valor que consegue, diariamente, é suficiente para garantir a sobrevivência dos seus três filhos, assim como para custear os seus estudos.
Conta que antes de praticar o negócio, tinha o plano de criar um projecto de horticultura, na área de Nampaco, com o suporte financeiro do Fundo de Alívio à Pobreza Urbana, que o município tinha prometido. O financiamento falhou, consequentemente o projecto não avançou.
Ana João, residente no bairro de Muatala, considera a venda de comida na rua como um grande alívio para a maioria das mulheres desfavorecidas da cidade de Nampula, por ser uma actividade lucrativa, onde se pode ganhar o dinheiro todos os dias.
“Claro que é um negócio de persistência, ditada pela conjuntura económica que hoje vivemos no nosso país, porque se eu tivesse emprego não estaria aqui como ambulante de comida. O trabalho é duro e oneroso, pelo facto de produtos como tomate, cebola, farinha de milho, feijão e outros, que constituem a nossa matéria-prima estarem a registar a subida de preço constantemente, no mercado”, explicou, afirmando que mesmo assim o número de vendedoras está a aumentar, o que já cria espaço para concorrência e, consequentemente, a obrigatoriedade de melhorar a qualidade da comida.
Mariamo Junqueiro, de 25 anos, mãe de dois filhos, residente no bairro de Namutequeliua, explicou que abraçou a actividade vendendo apenas xima e carapau, na zona da Memória, há cerca de dois anos. Tudo começou quando o seu esposo perdeu a vida.
Disse que no início, o negócio não andava bem, mas quando decidiu mudar da área para Avenida do Trabalho e pediu um empréstimo a uma instituição de micro crédito, tudo mudou e vieram os lucros.
Explicou que agora consegue sobreviver com a venda de comida, pois para além do lucro diário, consegue às vezes entre 300 e 400 meticais para a compra de ingredientes para preparar as refeições do dia seguinte.
“Claro que esses valores não são muitos, mas garante o sustento da família incluindo o pagamento das despesas dos seus estudos e continuidade do trabalho”, disse agradecendo o facto de o Conselho Municipal ainda não cobrar nenhuma taxa. Vou continuar com o negócio”, sustentou.
Para Maimuna Momede, residente no bairro de Namicopo, a principal motivação foi o sofrimento vivido depois de ter enviuvado e perdido os seus bens, incluindo a casa onde vivia com o seu esposo, num acto perpetrado pelos familiares do malogrado.
“A minha vizinha convidou-me a entrar para o negócio mas porque estava casada e tinha mínimas condições de sobrevivência, declinei alegadamente para não me expor na rua. O meu marido nunca iria aceitar que eu fosse à rua para fazer este tipo de negócio por temer assédio. Hoje não me arrependo de ter optado pela venda de comida na rua, porque não tenho falta do essencial para sobreviver. Pena é que na rua faltam condições para este tipo de actividade ”, contou.
O perigo da falta de higiene
A FALTA de condições higiénicas na prática desta actividade é vista como maior perigo sobretudo para os consumidores tendo em conta que, por um lado, os utensílios usados para servir a comida não são devidamente lavados e a comida fica sempre exposta a poeira e moscas, em plena via pública.
Aliado a isso, outra situação anómala, que aumenta o perigo de contracção de doenças, nesses “refeitórios” ao ar livre, é a falta de sanitários públicos. Os clientes, antes ou depois das refeições não têm um local apropriado para satisfazerem as suas necessidades biológicas, convivendo, por vezes, com cheiro nauseabundo provocado principalmente pela urina, nos muros e acácias.
Manuela de Jesus vende num dos locais mais imundos da Rua da Unidade, e diz que reconhece o risco decorrente para a sua saúde e a dos seus clientes. Porque não tem como mudar de lugar, expõe-se àquela situação, para além do facto de os seus clientes estarem habituados.
Explica que ela e colegas já pediram a edilidade, no sentido de arranjar outro lugar adequado, mas até agora não houve resposta.
“Pedimos para que o município instale sanitários públicos nas ruas onde vendemos a comida, isso tendo em conta que são sítios onde permanecemos por muito tempo”, disse.
A falta de higiene é um aspecto aparentemente ignorado pelos consumidores, pois, mesmo que a comida seja exposta por exemplo às moscas e poeira, compram-na por, alegadamente, não terem outra alternativa.
Aliás, a venda de comida nas ruas representa igualmente um outro perigo, de atropelamento, não só para as negociantes, como também os consumidores. Recentemente, uma vendedora foi atropelada por uma viatura, na zona do viaduto, que também concentra muitas vendedoras de comida, no bairro de Napipine, na tentativa de disputar um cliente.
As entidades locais, sobretudo o Conselho Municipal da Cidade de Nampula, vão assistindo esse cenário impávidos.
A comida que sobra, geralmente é jogada no local da venda e fica uma lixeira que, com a demora da recolha produz um cheiro nauseabundo.
Município estuda retirada
O CONSELHO Municipal da Cidade de Nampula diz estar a estudar formas de retirar as vendedoras ambulantes de comida, pelo facto de a actividade estar a ser desenvolvida em violação da postura camarária.
O vereador do pelouro de Mercados e Feiras, Osvaldo Ossufo Momade, explicou que o estudo minucioso visa, em parte, permitir que a retirada não seja prejudicial para as negociantes, o que passa por procurar um espaço adequado onde possam desenvolver a sua actividade de sobrevivência, em melhores condições de higiene e segurança.
“Mesmo na reunião que realizamos, recentemente, na cidade de Nampula, debatemos muito a situação da venda ambulante de comida na cidade. Não queremos que continuem a vender na rua, aliás, é por isso que não estamos a cobrar nenhuma taxa, pois estaríamos a legitimar uma actividade ilegal que atenta à postura camarária”, enfatizou.
A fonte referiu que a edilidade reconhece o perigo para a saúde pública, que os locais onde as mulheres vendem a comida representam. Porém não pode construir sanitários públicos nos lugares em que proíbe o desenvolvimento de qualquer actividade, como é o caso vertente.
No entanto, a não cobrança da taxa está a fazer com que o município perca receitas, tal como acontece com os vendedores informais, que desenvolvem a sua actividade nas esquinas e ruas da cidade.
A VENDA de comida nas ruas e avenidas da cidade de Nampula é um negócio antigo que vem transformando vidas de muitas mulheres e suas famíli...